Entrevistas

Filipa Gonçalves recorda quando foi alvo de ditadura de imagem: "Ficaria doente. Disse que não"

Em exclusivo, a modelo Filipa Gonçalves falou sobre um momento em que foi alvo de ditadura de imagem.

Quando e como surgiu a moda na sua vida?
A moda apareceu na minha vida de forma inesperada, porque, quando tinha 17 anos, me convidaram a ser modelo, aceitei o desafio e estou, até hoje, ligada ao meio.

Qual foi o trabalho, em moda, que mais a marcou?
É extremamente difícil referir apenas um trabalho que me marcou, porque são 24 anos de carreira e muitos foram marcantes, mas um dos mais foi a capa da Elle.

Recentemente, houve uma grande polémica com a Maria Botelho Moniz, a propósito da ditadura da imagem. Sente que, na moda, essa ditadura continua ou já há uma maior abertura para todo o tipo de corpos?
Infelizmente, tanto na sociedade, como na moda, exigem que nós, mulheres, tenhamos de ser perfeitas. Felizmente, alguns preconceitos já não existem e há maior abertura para todos os tipos de corpos (embora ainda haja alguma ditadura das medidas perfeitas no mundo da moda).

E a Filipa? Alguma vez se sentiu alvo da ditadura de imagem? Se sim, como aconteceu?
Toda a minha vida, das mais diversas formas, fui pressionada a ter a imagem e medidas perfeitas. No meio de tantas histórias, recordo que não fiz um conhecido desfile de moda mundial, porque me acharam gorda, queriam que perdesse cinco quilos. Na altura, pesava 59, com o meu 1,80 metros de altura. Ficaria doente. Disse que não.


Recorde-se que, na mesma entrevista à SELFIE, Filipa Gonçalves falou sobre a condição de pseudo-hermafrodita a importância de Roberta Close na vida da modelo, o que a levou a fugir de casa com apenas 13 anos, qual a parte do corpo de que mais gosta e recordou a passagem pelo reality show da TVI "Quinta das Celebridades".

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