Durante anos, interpretou um monólogo de sua autoria, "Coisas de Mulheres". Ao longo desse tempo, sente que o público feminino se identifica com o que é retratado nesse espetáculo?
As mulheres identificam-se, mas sobretudo os homens. Eles olham para a pessoa que está ao lado e comentam que as mulheres são mesmo assim. Tem a ver com a nossa luta com as dietas, com as roupas, com a depilação, com a nossa vida amorosa... Até tenho pena por ter 'deixado' este espetáculo agora em agosto. Em inícios de outubro, vou ter outro espetáculo, cujo nome ainda não posso revelar - e, depois, vão perceber porquê.
O que nos pode contar sobre esse espetáculo?
É autobiográfico, contando algumas coisas que foram acontecendo na minha vida, até hoje. Posso partilhar já uma curiosidade: a minha mãe vai entrar no espetáculo. Mas ainda não vou dizer como.
Sente que, de há uns anos para cá, há mais mulheres no humor?
Cada vez há mais mulheres. Ainda agora estive a fazer o "Levanta-te e Ri" e, em todos os programas, havia uma comediante. E isso deixa-me muito feliz. Cada vez mais, temos mais mulheres em palco, com graça, com pinta e isso é muito bom. Mas também temos colegas homens maravilhosos. Trabalho há 12 anos em comédia e eles sempre deram espaço para estar no palco. Por isso, as portas sempre estiveram abertas e estamos no caminho certo.
Que diferenças existem entre o humor feito por homens e por mulheres?
Sobretudo, existem diferenças nos conteúdos, com base nas experiências de vida, típicas de um homem e de uma mulher. Por exemplo, uma comediante pode falar sobre menstruação, porque vive isso. O homem, no máximo, pode abordar o assunto, como uma pessoa que está de fora.
Recorde-se que na quinta-feira, dia 17, se estreou a comédia portuguesa "Um Filme do Caraças". Ana Arrebentinha integra o elenco desta comédia e confessou que participar num filme é a concretização de um sonho.