Realeza

Príncipe Harry revela que matou 25 pessoas no Afeganistão

Na autobiografia "Spare" ("Na Sombra"), que será lançada no próximo dia 10, o príncipe Harry faz várias revelações surpreendentes.

Enquanto piloto de helicópteros, o príncipe Harry voou em seis missões militares que resultaram "na eliminação de vidas humanas", algo do qual garante não "estar orgulhoso", segundo assume na aubiografia "Spare". 

"Em condições de batalha, disparamos de forma indiscriminada frequentemente. No entanto, na era dos Apaches e dos computadores portáteis, tudo o que fiz no decurso de duas viagens de serviço foi registado e registado no tempo. Sempre soube dizer exatamente quantos combatentes inimigos tinha matado. E pareceu-me essencial, para mim, não ter medo desse número. Entre as muitas coisas que aprendi nas Forças Armadas, uma das mais importantes era ser responsável pelos meus próprios atos. Assim, o meu número: 25. Não era algo que me enchesse de satisfação, mas também não tinha vergonha. Naturalmente, teria preferido não ter esse número no meu currículo militar, ou na minha cabeça, mas também teria preferido viver num mundo sem os talibãs, um mundo sem guerra. No entanto, mesmo para um praticante ocasional de pensamento positivo como eu, há realidades que não podem ser mudadas", escreve o marido de Meghan Markle, citado pelo Telegraph, garantindo que não pensava nessas 25 vidas como "pessoas", mas sim como "peças de um jogo de xadrez".

O Duque de Sussex, que completou duas missões no Afeganistão, uma entre 2007 e 2008 e outra entre 2012 e 2013, revela ainda: "O meu objetivo, desde o primeiro dia, era nunca ir para a cama com dúvidas se tinha feito a coisa certa."

"Queria voltar para o Reino Unido bem de saúde, mas, mais do que isso, queria voltar para casa com a consciência tranquila", refere ainda o príncipe Harry, defendendo que não se arrepende de ter matado pessoas devido às memórias que guarda dos ataques às Torres Gémeas de Nova Iorque, no dia 11 de Setembro, e das conversas que teve com familiares das vítimas.

Recorde-se que o filho mais novo do rei Carlos III e da princesa Diana serviu no exército britânico durante dez anos. 

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