Entrevistas

Em lágrimas, Ágata confessa: "Sinto-me sempre só"

A cantora Ágata teve uma conversa emotiva com Fátima Lopes no programa "Conta-me como És"

  • 6 abr 2019, 17:09
Igor Pires

Ágata foi a convidada da edição desta semana do programa "Conta-me como És". Numa entrevista emotiva com Fátima Lopes, a cantora relembrou o percurso pessoal e profissional. 

Logo no começo da entrevista, Fátima Lopes recordou o momento em que Ágata tentou afastar-se da música. Sobre essa decisão, a cantora explicou que houve várias razões para essa decisão. Uma delas foi o facto de o marido, Francisco Carvalho, achar que devia retirar-se dos palcos por já ter trabalhado demais e que estava na altura de se dedicar mais à família. Além disso, Ágata sentia que a música estava muito “banalizada”, o que conduziu a alguma desmotivação. 

Só que não se retirou durante muito tempo e até sublinhou que, este ano, qualquer coisa mexeu consigo e fez renascer a Ágata que vive diariamente dentro de si, que é um furacão.

A cantora lembrou também que achava não ia cantar mais, após a morte da mãe, que faleceu há cerca de oito anos, porque no fundo foi ela quem lhe deu esta vida. “Acho que sou o sonho que ela quis para ela, mas que não conseguiu, porque foi mãe aos 16 anos”, afirmou.

Bastante emocionada, Ágata reconhece que tem muitas saudades dos pais, lembrando alguns momentos especiais que viveu com eles e que nunca vai esquecer: “O Natal em família, a alma do meu pai que era o espírito da nossa casa. De quando ele chegava a casa com uma caixinha com bolos para todos. Quando eu o via a contar as moedinhas em cima da mesa, que eram as gorjetas que os clientes lhe davam e eu pensava: 'Um dia hei-de dar-te muito mais que isso.' E dei! Nunca deixei faltar nada ao meu pai e à minha mãe”, garantiu.

Outro dos assuntos abordados durante a entrevista foram as notícias que têm surgido sobre o casamento com Francisco Carvalho. Ágata confessou que às vezes se sente perdida naquilo que sente pelo marido: “Sinto amor, mas já não sei se é isso. Já não sei se quero estar sozinha, se estar em Chaves é o mais confortável para mim. Acho que o Francisco neste momento pôs o futebol à frente da minha pessoa e quem o ouviu falar vê que ele é uma pessoa muito dura e fria. Ele é assim com toda a gente, mas depois também tem o outro lado, a compaixão… É uma pessoa com um coração do tamanho do mundo. Se lhe telefono com algum problema ele tenta logo ajudar e nunca descarta uma hipótese de estar sempre presente quando realmente eu preciso. Mas nas horas em que realmente gostaria que ele estivesse ao meu lado, estou sozinha”, rematou.

Aliás, esse sentimento de solidão é algo que a acompanha sempre. "Até mesmo quando estou com os meus filhos e o meu marido, sinto-me sempre só", confessou, em lágrimas.

(Re)veja a entrevista completa

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