É fã do Natal?
Gosto muito do Natal, confesso. Desde criança! Gosto muito da junção da família, gosto muito deste ambiente natalício... Não tem nada ver com as prendas ou com o consumismo. Aliás, às vezes, falo sobre isso com o Zé [Raposo, ator e marido da atriz] por causa das prendas para a Lua.
A Sara diz "não" e o José diz "sim"?
É... Por ele, compravam-se várias prendas. Mas eu estou sempre a pôr um travão, porque acho que isso não é, de todo, o mais importante. E, felizmente, não lhe faltam brinquedos, ao contrário de tantas crianças, que não têm nenhum. Portanto, nesse aspeto, estou sempre um bocadinho com os pés na Terra e acho que ela não deve ter coisas a mais. Equilibramo-nos um ao outro...
A Lua já está numa fase em que vive esta quadra de forma diferente. Segue os passos da mãe no gosto pelo Natal?
Sim! Também gosta muito. Gosta da decoração de Natal... Eu monto a árvore logo em novembro, porque gosto mesmo de tudo aquilo [risos].
Há tradições que se mantêm ano após ano?
Não temos nenhuma que seja diferente das outras, digamos assim. Comemos bacalhau, por exemplo. Antigamente, só abríamos as prendas à meia-noite. Ficávamos todos acordados até muito tarde. Depois, com o nascimento da minha irmã mais nova e, mais tarde, com o nascimento da Lua, antecipámos a abertura dos presentes, porque as crianças não aguentam ficar acordadas até mais tarde. Jantamos e, no máximo até às dez da noite, abrimos os presentes.
Prepara a consoada ou não mete os pés na cozinha?
Meto, claro! Lá em casa, toda a gente ajuda.
E doces?
Sou eu que amasso as filhós. É uma receita da minha avó, uma herança. À minha avó, já custa amassar as filhós, porque é preciso muita força. Então, de há uns anos para cá, já sou a fazê-lo. E a Lua também já adora meter as mãos na massa.
A Lua pediu algum presente especial para este ano?
É muito engraçado, porque a Lua é uma criança que, como todas, se encanta com tudo mas, quando eu digo que não compro, ela não faz birra alguma. Isto acontece ao longo de todo o ano, não só no Natal. Quando vamos a uma loja de brinquedos, ela diz "Mãe, gosto disto, disto e disto". Respondo-lhe: "Pois, filha, mas sabes que a mãe não vai comprar nada, não sabes?". E ela diz: "Sim, sim, é só para o Natal". Depois, chega o Natal e ela sabe que, daquelas coisas todas que quer, vai receber uma, duas ou três e que não vai receber mais. E ela respeita bastante isso. Não exige nada.
Ela já pediu um irmão?
Ah... Por acaso, já... Está na fase em que começa a dizer que quer um irmão.
E o que lhe responde?
"Pois, um dia destes, filha..." A pessoa não vai dizer que não para não arranjar um problema. Mas, para já, não.
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