Entrevistas

Carlos Costa fala sobre morte do namorado: "Fiquei sem vontade de viver"

Numa entrevista exclusiva concedida à SELFIE, o cantor Carlos Costa recordou dois momentos difíceis da vida pessoal.

Os últimos anos foram marcantes para Carlos Costa, que viveu dois lutos: um, pela morte do pai; outro, pelo falecimento do namorado.

Em exclusivo à SELFIE, o artista assegurou que amadureceu em ambos os processos: "Sem dúvida. Mas também acredito - e até vejo pelos meus irmãos - que os homens passam por um crescimento ali aos 28-30 anos. É uma transformação mental muito grande. Nessa idade, comecei a ver o mundo de forma diferente, a ter outras prioridades. Tinha 29 ou 30 anos quando perdi o meu pai, foi quase como uma estalada da vida. Apercebi-me de que ninguém é eterno e que tinha de acordar e ser o que as pessoas esperavam que fosse: uma pessoa adulta, com responsabilidades. Essas perdas acordaram-me de forma drástica, mas foram essenciais para que me tornasse em quem sou hoje. E espero continuar a evoluir."

"O meu namorado cometeu suicídio, o que teve um impacto muito grande em mim. Foi uma coisa que não esperava, foi uma coisa muito forte. E, como é lógico, o luto é algo que tem de ser aceite e vivido na pele. E esse luto estava a levar-me a uma estratosfera nada positiva. Fiquei sem vontade nenhuma de viver, de ser o Carlos, de ser artista, de cantar... Portanto, coloquei a hipótese de ir para a Madeira, embrenhar-me na natureza e afastar-me de tudo ou, em alternativa, arregaçar as mangas e fazer algo que me ocupasse a mente e me afastasse do que estava a acontecer à minha volta. Naturalmente, foi o que acabou por acontecer e foi um excelente resgate", acrescentou, referindo-se à recente incursão no mundo do imobiliário.

Ambos os falecimentos contribuíram para que o artista preferisse resguardar mais a vida pessoal: "Nem sempre gosto daquela sensação que adorava, quando era mais miúdo, de ir na rua e as pessoas saberem quem sou, quem é a minha mãe, onde é que nasci... A sensação de as pessoas todas saberem quem sou é algo que me vem desagradando e com que não lido muito bem ultimamente."

"Foi algo que aprendi muito a custo. Trabalhei um pouco com o Agir e lembro-me de ele me transmitir que somos muito o que mostramos de nós próprios e comecei a perceber que havia coisas minhas que eu mostrava e não interessavam a ninguém, que só alimentavam tudo o que era dito na imprensa a meu respeito e que eu fazia isso sem objetivo nenhum, quase só com o objetivo de apenas ser falado, o que acaba por ser um mundo muito vazio", assegurou.

"Comecei a aperceber-me disso, conforme fui amadurecendo. E depois perdi o meu pai, o que foi um choque muito grande. Depois, também perdi o meu namorado... Então, essas perdas foram-me amadurecendo ainda mais e apercebi-me de que este tipo de exposição não me enriquecia em nada como pessoa", completou.

Veja, agora, algumas das melhores imagens de Carlos Costa, nas galerias de fotografias que preparámos para si.

Caso esteja a sofrer de algum problema psicológico, tenha pensamentos autodestrutivos ou sinta necessidade de desabafar, deverá recorrer a um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral, podendo, ainda, contactar uma das seguintes entidades:

- Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159

- SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545

- Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535

- Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 030 707

- SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020

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