Big Brother

Cláudio Ramos sobre o "Big Brother": "Pode acontecer tudo!"

Em entrevista, exclusiva, à SELFIE, Cláudio Ramos levantou a ponta do véu sobre o que vai acontecer no "Big Brother"

- Do feedback que tem recebido, há muita gente ansiosa pela estreia?

Muita! Tenho imensas mensagens que dizem que o "Big Brother" já devia estar na televisão. Acho que as pessoas vão olhar para este "Big Brother" com os olhos com que nunca olharam para outro formato do género, até porque, agora, passamos todos por um "Big Brother". Mesmo sem querer, estamos confinados em casa. Estamos 24 sobre 24 horas metidos em casa, com a família, o que pode gerar algumas reações e alguns pensamentos que, quando vistos dentro do "Big Brother", se calhar, vão ser olhados com outros olhos.

- O que pode acontecer, já nas duas primeiras semanas de programa?

Pode acontecer tudo! Nesta primeira fase, os concorrentes vão estar isolados, mas vão interagir, como eu tenho feito, com a minha família e com os meus amigos. E tenho tido alguma arrelias com a minha família e com os meus amigos, através do computador. Os concorrentes têm duas semanas para se conhecerem, vão interagir…

- Mas vão conseguir conhecer-se ao ponto de se conseguirem avaliar?

Se nós temos, no mundo, pessoas que se casam e que se conheceram na Internet, acha que eles não vão ter vontade de se conhecerem? estando duas semanas em casa, fechados e sozinhos... Pode acontecer tudo, menos o contacto físico.

- O que é que já podemos saber sobre os concorrentes?

A minha filha pergunta-me, porque já vão aparecendo promos, mas não posso dizer-lhe, porque tenho medo que ela vá dizer às amigas (risos). Disse-lhe só: "Uma podia ser a tia, outra podia ser o pai, outra é um bocadinho parecida com a tua mãe…" E ela vira-se para mim, e diz: "Então, isso é gente como a gente!". Não há melhor descrição! São pessoas como nós… Há gente trabalhadora, há gente rural, há gente cosmopolita, há gente com histórias de vida impressionantes, há pessoas que não gostam de fazer nada, porque acham que é a maneira de viver... temos um bocadinho de tudo.

- Alguma história que vai marcar, particularmente, o público?

Temos ali muito boas histórias...

O Cláudio tem estado bastante ativo, nas redes sociais, e próximo dos seguidores. Quando o programa se estrear, o público vai poder continuar a acompanhar a vida do Cláudio, ou, aí, as atenções serão só para o programa e para os concorrentes?

Tive, desde muito cedo, consciência da importância do mundo virtual… Agora, estamos todos muito juntos, mas, há dez anos, não era assim. O Instagram veio trazer uma proximidade muito verdadeira. Acho que as pessoas, às vezes, até nos conhecem melhor em plataformas virtuais do que, propriamente, na televisão, e acho que, juntando um e outro, é uma coisa perfeita. Vou continuar a alimentar as minhas redes, porque acho que é importante, porque há muitas pessoas que nem eram muito fãs dos programas de televisão que fazia, mas que me acompanham nas redes, por isso, acho importante ter espaço para tudo. Sou daquelas pessoas que acha que, num dia com 24 horas, cabe tudo.

- Conseguiu fazer tudo que queria ter feito antes desta pandemia?

Fiz tudo o que precisava, antes disto tudo. Tenho seis fatos em casa, espero que me cheguem... depois, os outros (risos).

- E qual é a última coisa que vai querer fazer antes de entrar no ar?

Respirar… Eu acredito muito na força do universo e encontro, para tudo, uma coisa positiva. Até nesta coisa horrorosa que nos está a acontecer, há alguma coisa positiva que podemos tirar. Eu acho que isto acontece para que os espectadores consigam, em casa, olhar para este formato com os olhos da verdade. Não com os olhos do preconceito com que, muitas vezes, olham, sejamos honestos. Agora, vão perceber que uma reação mais acalorada, dentro da casa, pode ser justificável pelo stress, pelo convívio… Hoje, como vivemos em confinamento, todos nós já tivemos reações parecidas e que não costumávamos ter, no nosso dia a dia. Acredito, muito, na força das boas energias e na força do universo. Se nós estivermos, todos, canalizados para que as coisas corram bem - e se a nossa energia for fluída e positiva - as coisas vão correr bem, porque é para o nosso bem, não é para o mal de ninguém.

- Frequentemente, escolhe palavras para publicar nas redes: fé, saudade, acreditar... Se tivesse de escolher uma, à data de hoje, qual seria?

Esperança! Porque é uma palavra da qual eu gosto muito, porque a uso, muitas vezes, e porque é o que nos resta. Esperança e acreditar... Temos de ter esperança de que isto vai passar. Não vai ser igual, mas vai passar. Não podemos permitir que aquilo que está a acontecer nos tire a vontade de acreditar que nós estamos cá para sermos felizes. Agora, não estamos felizes, não vale a pena fingir, mas, também, sabemos que há pessoas que, na mesma situação que nós, estão mais infelizes, estão mais necessitadas, estão mais carentes... Nós não estamos todos no mesmo barco. Estamos no mesmo mar, mas em barcos diferentes, porque há uns mais privilegiados do que outros. Se tiver uma varanda em casa, já não vivo num barco igual a quem vive numa cave, por exemplo. Então, acho que tenho de olhar, assim, para isto. Tenho esperança de que, amanhã, depois de amanhã, ou noutro dia qualquer, tudo vai voltar ao normal.

- Tem, também, usado frequentemente a expressão "não me falhem". Por que o público não pode perder o "Big Brother"?

Há dois tipos de público: o que já me conhece muito bem e o que não conhece, mas faz uma ideia. O público que me vai conhecendo tem a certeza de que trabalho muito para o público e que a minha maior satisfação é conseguir entreter as pessoas do outro lado, é fazê-las sorrir, chorar, causar uma emoção qualquer. Então, se trabalho muito para eles, a única coisa que lhes peço é que eles não me falhem! Porque o trabalho é para eles. Tenho muito prazer a trabalhar, mas só faz sentido se as pessoas "receberem", por isso, quando imploro - porque eu imploro! - é porque preciso, mesmo, que elas não me falhem.

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