"Tem corrido tão bem. Acho muito curiosos os feedbacks que tenho recebido. Pessoas que, no início, me diziam que eram céticas, e que, agora, todas as semanas, assistem aos livechats [quinzenais, no Facebook da Selfie]", começou por referir a taróloga.
Apesar de se considerar uma pessoa bastante pragmática e de ter tido um percurso profissional bastante diferente, Vera Xavier deixou-se levar pela curiosidade e rendeu-se ao Tarot.
"Percebi que me estava a ser dada uma oportunidade para ser livre. Encontrei o Tarot e apaixonei-me perdidamente pelo Tarot. O Tarot pode ser muito terapêutico e pode dar ajudas incríveis. Pode ser divinatório? Pode, mas também pode ser terapêutico, e é isso que a maioria das pessoas não sabe. O Tarot não é só um oráculo, não serve só para fazer perguntas sobre o futuro. É profundíssimo e é estudado há muito tempo. E, de facto, eu acho que uma das minhas bandeiras é voltar a unir a racionalidade com a espiritualidade, que estão tão desunidas e não têm de estar separadas. Eu sou super racional e, de repente, sou taróloga. Se nós explicarmos, racionalmente, o que é o tarot... são uns pedacinhos de papel, com uns desenhos e umas cores, que nos fazem dizer umas coisas acertadas. Racionalmente, isto é muito difícil de compreender, mas, depois, o que é facto é que funciona", sublinhou.
Questionada sobre aquilo que mais a fascina, a taróloga não hesitou: "Fascina-me perceber que as pessoas são fascinantes. As pessoas são altamente complexas, e com o Tarot nós conseguimos ir um bocadinho mais a fundo e conseguimos perceber que, às vezes, as pessoas não estão a dizer tudo."
E quando as cartas indicam más notícias? "Se o Tarot nos passa essa informação, ela tem de ser dada, nunca pode ser sonegada. Agora, há muitas maneiras de dizer as coisas. Mas ninguém pode prever mortes de ninguém! Eu encontro pessoas altamente traumatizadas, porque pseudo-colegas dizem coisas dessas, que eu acho que é de uma crueldade sem tamanho", frisou Vera Xavier.
Por último, perguntámos à taróloga se tem superstições. A resposta não se fez esperar: "Eu sou uma bruxinha moderna. A única coisa que faço é, antes de cada consulta, procuro ter um momento meu, solene, em que fecho os olhos, peço proteção aos meus anjos e peço que as minhas palavras sejam sempre compassivas, verdadeiras e generosas."