"Quando saímos de uma relação, há aquele período de luto, difícil, mas será que nós fazemos um exame de consciência, será que paramos para pensar de forma construtiva e não de uma forma vitimizada, para pensar no que podíamos ter feito melhor e no que é que podemos melhorar para uma próxima relação?", começou por questionar Vera Xavier.
"Muitas mulheres culpam-se quando o marido vai embora com outra. 'Eu devia ter sido melhor amante ou mais paciente...' Amigas, ele é que se encantou por outra e foi embora! Não há muito a fazer. Nessas alturas, a auto-estima das mulheres cai por ali abaixo. A pessoa exerceu o seu livre-arbítrio e foi embora! Temos de aceitar. Tudo começa, desenvolve-se e morre. Tudo. Não há nada que não tenha esse processo natural. Tudo nasce, cresce e morre. Dure dois meses, dois anos, vinte anos ou duzentos anos. Não há nada que dure para sempre. Às vezes, temos dificuldade em aceitar que as pessoas, pura e simplesmente, escolhem outros caminhos ou tomam outras decisões. Ainda assim, também aí, temos de perdoar. Já sabemos que, muitas vezes, os homens têm uma inteligência emocional baixinha, e muitas mulheres também", continuou.
Com esta reflexão, a taróloga procurou demonstrar que há, de facto, formas diferentes de encarar a mesma realidade: "Uma coisa é estarmos a carpir, a pensar 'o que é que eu fiz? Ele foi embora, porque eu não fiz isto ou aquilo...' Outra coisa é pensarmos que 'ele foi embora porque quis. Como é que eu posso melhorar, que arestas posso limar, como é que posso ser mais compreensiva, mais tranquila, menos crítica ou mais apaixonada...' É uma vibração completamente diferente. Uma é construtiva e outra é destrutiva. É uma linha muito ténue."