Há já mais de 20 anos que Paulo Pires entra na casa dos espetadores, em filmes, séries e telenovelas. Numa entrevista concedida a Ana Rita Clara, o ator falou sobre a abordagem do público, ao longo destes anos.
"Não gosto que as pessoas me apontem um telemóvel e me tirem uma fotografia. Gosto que as pessoas me tirem uma fotografia comigo, se quiserem. Mas que me apontem e me tirem uma fotografia... Disso não gosto. Acho que, de facto é um bocadinho intrusivo", começou por afirmar.
Paulo Pires fez, ainda, uma viagem no tempo e recordou a passagem pelo Brasil, no final dos anos 90, quando participou na novela "Salsa e Merengue": "O Brasil é uma realidade muito diferente do que se passa aqui. Quando fiz a primeira novela no Brasil, tive várias situações em que fui contratado para fazer determinados trabalhos... Presenças, na verdade. [...] Nessas situações, começava a aglomerar-se tanta gente que tinha de sair."
"Passei por situações assustadoras. Uma vez, numa discoteca em Santos, a própria pessoa que me contratou disse que tinha de me ir embora, porque estava a virar um 'tumulto'. Tive de sair com seguranças da discoteca. Houve alguém que me tentou agarrar e o meu braço ficou todo negro, com uma marca. Foi assustador", garantiu.
"A coisa mais surreal que vivi no Brasil foi num desfile num centro comercial. Fui convidado e pago para lá estar. Cheguei ao aeroporto. O avião já estava atrasado e aterrei no aeroporto de Santa Catarina, no sul do Brasil. Depois, fui de helicóptero para Joinville e, quando saí do helicóptero, tinha ali dois ou três 'armários' à minha volta e a protegerem-me", recordou, também.