Só se safou a Liliana que trouxe guloseimas lá de fora para conquistar os colegas. Mas foram todos sancionados para acabar com os abusos.
Talvez comecem a mudar o mindset com o salvamento da Andreia, na passada terça-feira, e percebam que nem sempre as regras do jogo são ditadas dentro da casa e que #osportugueseséquedecidem. Já dizia a Noélia.
Não foi uma semana que me agradasse muito dentro da casa. A homofobia dentro do armário do André Abrantes, mas que está escancarada em cada palavra que diz sobre o assunto, torna-o num rapaz pouco interessante. Fora do seu tempo e do mundo mais igualitário e paritário que estamos a tentar reconstruir.
Pensava que, depois de tudo o que lhe tinha sido explicado pela Zena e pela Sofia e pelo pedido de esclarecimento na casa, assim, nos pingos da chuva, não se ia estender ao comprido no confessionário. Mas ele é mesmo assim e talvez por isso tenha sido escolhido como uma espécie de "red flag" para quem defende a igualdade.
Por falar em igualdade, aquele beijo eufórico que a Jéssica Fernandes tentou dar à Carina deu que falar durante a prova da semana e já se falava em "traição". Por amor à santa! Os nervos estão à flor da pele dentro da casa com os recados de amor mal-interpretados e a abstinência de tabaco quase gerou um boicote que não surtiu efeitos na Gala.
Mas, se assim não fosse, também não havia nada para dizer nem para escrever, e é disto que gostamos não é?
Esta semana, tive a participação especial da Slávia, que me ajudou a pensar na proposta das causas que os concorrentes tiveram. Na outra casa, havia causas a mais, diziam as más línguas, e, nesta, quase que se tem que "forçar" o diálogo sobre elas para perceber qual é o olhar deles sobre o mundo que os rodeia e nos faz pensar cá fora.
Destaco aqui três, que não são por acaso e estão na ordem do dia. O desperdício alimentar: causa levantada pela Joana e que não é defendida por acaso já que todos os dias é notícia e talvez a fez gerar mais simpatia do público.
A causa do Carlos, que assenta na liberdade de sermos felizes com o que temos e com o que queremos ser. Foi um argumento bem explanado, porque, na realidade, o mundo não é feito de doutores e engenheiros. E, se um trolha é feliz a executar o seu trabalho, deve ser olhado com o mesmo respeito que uma estrela de TV, por exemplo. É que muitas vezes são os canalizadores, pedreiros e eletricistas que nos salvam a vida, na realidade.
O Michel, na sua verdade, defendeu a sua pele e a de muitos nós. Na tranquilidade de um mundo mais em harmonia e sem discriminação, ou não fosse ele um dos elementos conciliadores da casa.
Vamos ver o que esta semana nos traz com a liderança do Rui.