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Do Porto para Cannes: a entrevista a Rui Pedro Silva num dia de gravações de "Morangos com Açúcar"

Rui Pedro Silva, que integra o elenco do reboot da série da TVI "Morangos com Açúcar", conversa com a SELFIE sobre o novo desafio que tem em mãos.

Como viveu o primeiro dia de gravações de "Morangos com Açúcar"?
Com muita calma, mesmo que tenha acordado às sete horas para poder ir ao estúdio da TVI falar sobre a peça [N.R.: Rui Pedro Silva faz parte do elenco de "O Filho" e esteve, naquela manhã, no morning show "Esta Manhã"] e sobre 'Morangos com Açúcar". Vivi-o com calma, porque só gravei às 15 horas uma cena. Toda a gente na correria e eu em paz. Estive na boa.

Sem nervos?
Não, também não posso dizer isso, mas...

Mas teve uma boa noite de sono?
Também não posso dizer isso [risos]. Fui para o estúdio da TVI com uma cara... Mas o Paulo Pires [N.R.: os dois atores contracenam em "O Filho"] estava pior do que eu, portanto, estou descansado [risos].

Quantos anos tem?
Tenho 19.

E como veio aqui parar?
Mais especificamente, fiz um workshop do Marco [Medeiros, diretor de atores do reboot de "Morangos com Açúcar"]. Conheci-o através do workshop que ele dá. Ele gostou do meu trabalho, gostou da minha prestação no workshop. Conheci algumas pessoas no meio com quem eu já tinha trabalhado e com quem o Marco também já tinha trabalhado. Ele deu o meu nome para os "Morangos". E cá estou eu!

Fez castings...
Fiz castings.

E, depois, quando recebeu o "sim"?
Bem... Foi um processo demorado porque foi uma coisa de me dizerem: "Olha, acho que vai acontecer, mas não tenho a certeza". E eu reagi: "Mas achas? Mas eu preciso de uma resposta. Como assim não tens a certeza?". Isto tudo por eu ir conciliar dois projetos e ter de saber se conseguiria conciliar as datas.

Está a fazer uma peça de teatro.
Estou a fazer a peça "O Filho", no Teatro Aberto [em Lisboa]. Então, foi algo como: "Como é que é? Vou ou não vou?". Mas recebi a notícia e fiquei com este sorriso com que estou agora. Foi muito giro.

Há aí um sotaque... É do Porto?
Sou do Porto. 

Está em Lisboa há muito tempo?
Estou cá desde setembro. Vim para cá estudar.

A estudar onde?
Na Escola Superior Teatro e Cinema. Parei agora, porque não conseguia conciliar os dois projetos com a escola. Então, parei agora, mas tenciono voltar. Já tinha vindo para Lisboa uns tempinhos, porque estive a gravar um filme, há um, dois anos. E, pronto, agora, estou a viver cá desde setembro do ano passado, mais ou menos.

Portanto, o facto de ter vindo para Lisboa é sinal de que a representação é mesmo o que quer para a sua vida.
Isto é mesmo o que quero para a minha vida. Gosto muito do Porto e gostaria de ter ficado lá, mas as oportunidades estão em Lisboa e eu tinha de vir.

O que já tinha feito?
Já tinha feito dois espetáculos de teatro e dança, do Victor Hugo Pontes. Estreei-me no cinema, com a longa do Tiago Guedes "Restos do Vento", que foi a Cannes e tudo. Foi espetacular. Foi a minha primeira experiência em cinema, então, fiquei logo deslumbrado. Adoro cinema. Depois, mais recentemente, participei num novo filme do Tiago. E também já fiz algumas curtas-metragens.

E imaginava-se em "Morangos com Açúcar"?
Não. Eu estive a pensar na resposta que daria quando me perguntassem isso e o que eu ia dizer era: eu não posso dizer que isto é um sonho, porque eu nem sequer sonhava com isto. Ou seja, para mim, os "Morangos" acabaram ali e foi o que foi. Foi bom enquanto durou. Agora, de repente, fazerem um reboot e eu participar no reboot... É qualquer coisa! Não me imaginava, de tudo.

Isto não são os mesmos "Morangos"?
Isto não são os mesmos "Morangos". Eu não imagino isto como uma novela. Isto é uma série. Eu vou fazer uma promessa: isto tem uma representação top tier ["alto nível", em português]. Estamos a ser bem guiados e bem conduzidos.

Está preparado para o impacto que esta série tem nos atores? Pelo menos, há dez ou 15 anos, teve...
Não sei se estou preparado. Estou preparado para receber o que for. Agora, para mim, ou vai ser oito ou 8000. Não há o 80 nem o 800. Não sei o que esperar, na verdade. Não sei se a minha cabeça é capaz de absorber esta coisa de tanta visibilidade.

Parece que há uma química muito natural entre os atores.
As semanas de ensaios foram maravilhosas para prepararmos o nosso trabalho, criarmos uma turma e chegarmos ao conceito do que é uma turma na realidade e não o que imaginamos ser uma turma nas séries, etc. Em "Elite" [N.R.: série da Netflix], por exemplo, aquilo é uma turma, mas é uma turma na ficção. Nós estamos a tentar fazer com que isto seja uma turma real.

Veja, agora, na galeria que preparámos para si, as melhores imagens de Rui Pedro Silva.

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