Os dois últimos anos passaram depressa?
Passaram muito depressa. Acho que, para quem acorda cedo e trabalha nas manhãs, o dia rende e faz-se muita coisa. Mas acho que acaba por passar mais rápido.
E já se habituou ao horário?
Já me habituei. Demorei um bocadinho. Não é fácil... Acho que não há ninguém que acorde naturalmente às cinco da manhã, mas, ao fim de oito ou nove meses, já se acorda sem despertador, mais ou menos à mesma hora. Até aos fins de semana, infelizmente [risos]. Não consigo descansar tanto.
Quando o convite surgiu, esperava o impacto que o programa "Esta Manhã" veio a ter?
Nunca tive dúvidas. Na verdade, eu tinha chegado dos Estados Unidos há um ano, voltei para a TVI e fui uma das primeiras pessoas a sugerir às duas direções da TVI [a de Informação, na altura liderada por Anselmo Crespo, e a de Entretenimento e Ficção, capitaneada por Cristina Ferreira], porque assim era exigido, por ser um infotainment: "Não temos nada do género em Portugal. Podíamos pensar nisso. Eu gostaria muito de fazer isto". Aliás, quando voltei para a TVI, na primeira conversa que tive com a Cristina, disse-lhe: "Cristina, estou aqui para trabalhar, mas gostaria muito de fazer este projeto". Mostrei-lhe um apanhado de morning shows e disse: "Acho que podemos fazer isto bem e com a nossa realidade, apesar de não haver um histórico de morning shows".
Quando viveu nos Estados Unidos, via morning shows?
Lá fora, são programas muito vistos. Era o único programa de manhã, por exemplo, que eu conseguia ver. Adorava a dinâmica, a cumplicidade entre eles, a forma séria como falavam das notícias... Ao mesmo tempo, havia o entretenimento, para se acordar bem-disposto. Na altura, a Cristina e o Anselmo gostaram e, em fevereiro, aconteceu.
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