Afinal, o que mudou no restaurante O Telheiro após a passagem do "Pesadelo Na Cozinha"?

O Chef Ljubomir esteve na afamada Praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, no último episódio do "Pesadelo na Cozinha". E nós, como manda a praxe, quisemos espreitar o restaurante.

  • 28 out 2018, 23:04

A nossa primeira tentativa foi ao lado: a folga semanal é à quinta-feira. Logo, já dá para perceber em que dia da semana lá fomos, mas talvez até tenha sido melhor assim. No dia seguinte, à hora de almoço, fomos mimados com um dia de sol, mas com o vento frio típico da região.

Já sentados, tínhamos a companhia do pivô José Carlos Araújo na televisão, enquanto apresentava o Jornal da Uma, e de um grupo de nove emigrantes na mesa ao lado. O facto de estarmos fora da época estival, dada a localização, pode explicar a pouca afluência a este espaço. No entanto, ouvimos dizer que aos domingos a casa costuma encher.

A sala estava limpa e arrumada, e enquanto reparávamos nos motivos piscatórios que decoram o espaço, e nas novas riscas na parede a fazer lembrar as casinhas de praia, fomos atendidos pela Diana. A ementa que nos foi dada para mão, não fazia jus à proposta do Chef Ljubomir. Em vez de ser numa só folha, como havia sido proposto, voltaram ao encadernado de micas de plástico, com folhas escritas à mão. No lugar dos individuais sugeridos, também, pelo Chef, e adorados pela Marlene, voltaram as toalhas que davam um ar pesado à sala. 

As entradas foram colocadas na mesa, após terem sido pedidas: patê de atum caseiro com tostinhas e pão, e em nada nos surpreendeu.

Para acompanhar a refeição, entre as várias hipóteses da carta de vinhos e bebidas, escolhemos a sangria tinta, mas para nosso espanto... era daquelas à pressão, com pedaços de maçã e limão "a despachar".

Ultrapassada esta mini desilusão, deliciámo-nos com uma agradável sopa de peixe.

Não só de pratos típicos da região se compõe as sugestões da casa, mas entre as opções de peixe - linguado, bacalhau e dourada - e de carne - secretos de porco preto, lombinho de porco ou bifinhos de peru -, optámos pelo prato da casa: Bife à Telheiro.

Um bife de vaca acompanhado com molho demi glace, bacon e queijo. A dose individual era generosa, e o bife era saboroso. Para acompanhar, batatas fritas caseiras (das boas!) e arroz branco. Tínhamos, também, a opção de poder escolher como guarnição migas ou salada, mas preferimos ficar pelos dois primeiros, embora tenhamos espreitado para a mesa ao lado e tinham bom aspeto.

No que toca ao empratamento, não há uma grande preocupação com impacto visual, é mais à base do "prato cheio".

Para terminar, variedade não faltava entre doces e fruta: provámos a serradura, que era fresca e deliciosa, e o abacaxi. E numa casa portuguesa, com certeza, a refeição termina sempre com um cafézinho, e um bom apreciador desta bebida sai do restaurante "O Telheiro" satisfeito.

Nota negativa para o fardamento da atenciosa Diana: pólo e avental da casa, até aqui (quase) tudo bem, mas as calças ao estilo legging talvez não sejam as mais apropriadas.

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