A segunda sessão do julgamento sobre a morte de Sara Carreira está a decorrer, esta quarta-feira, dia 25, no Tribunal de Santarém. Numa pausa destinada para o almoço, Tony Carreira voltou a falar com os jornalistas sobre aquilo que sente após ouvir os arguidos e as testemunhas arroladas ao processo.
"O que digo é a mesma coisa desde o primeiro minuto. Nada vai mudar as saudades que tenho da minha filha, nada vai mudar a situação que há, que é uma tragédia. Nada! Não venho para aqui com a vontade de me vingar de ninguém. Absolutamente ninguém!", garantiu.
"A única coisa que peço desde o primeiro dia é simplesmente que, do outro lado, da maioria dos arguidos, não há uma percentagem mínima de humanidade. Porque aquilo que aconteceu com eles poderia ter acontecido com eles ou com qualquer um. No mínimo, é simplesmente assumir o que aconteceu, com todos os erros, que poderiam ter acontecido comigo", desabafou ainda o cantor e pai da vítima, apontando o dedo aos arguidos: "De uma forma global, optaram por uma tática de advogados que é a amnésia..."
Logo de seguida, Tony Carreira deixou uma questão no ar, já depois de o arguido Paulo Neves ter feito o respetivo depoimento perante a juiza. "Perguntem à GNR porque o teste de álcool foi feito cinco horas depois do acidente", apelou, indignado.
"O que espero no fim disto tudo é que cada um siga a sua vida. é que cada um tenha uma vida normal...", continuou o popular artista, lamentando: "Não há nada que possa fazer para que a minha filha volte. E tenho pena que não haja mais humanidade."
Ivo Lucas e Paulo Neves estão acusados de homicídio negligente na forma grosseira, enquanto a fadista Cristina Branco é julgada por homicídio por negligência. Já Tiago Pacheco responde pelo crime de condução perigosa de veículo.
Sara Carreira, recorde-se, morreu num acidente de viação, a 5 de dezembro de 2020, na A1, perto de Santarém.
Veja, agora, os vídeos das reportagens feitas pela TVI em tribunal.