Um caso paradigmático
Mesmo assim, os resultados são, por vezes, muito consternadores, pesarosos, tristes, para quem escreve este tipo de obras, sobretudo quando algo de negativo se apontou, se previu, quando uma predisposição descrita para um período, relativamente a alguém que todos conhecem, e admiram, e essa situação ocorre, mesmo assim.
Estou a referir-me ao caso do saudoso Luís Aleluia, que veio a falecer no dia 23 de junho de 2023, e ao facto de se ter, na página 380 da edição para esse ano, apontado o seu nome como podendo vir a estar, entre abril e Agosto, sob uma delicada "tensão planetária", e ali ter ficado escrito, na página379:
"Saturno pode conjurar a partir de Março de 2023..."
ou:
"É possível que, nessas fases, sinta um decréscimo da sua vitalidade e que as responsabilidades lhe pareçam um fardo demasiado pesado."
ou:
"Grande parte das pessoas nestas condições sente que entrou num período de preocupações e ficará mais pessimista na sequência de atrasos e contrariedades que parecem teimar em não deixar a sua vida correr como mais desejava."
ou:
"Assim sendo, é provável que sinta, nestes momentos, uma espécie de 'mão do destino' a dificultar-lhe a vida, nomeadamente uma sensação de limitação, de falta de tempo para si, enfim, impedimentos vários que não lhe permitem realizar os seus desejos. Isso parece, inclusivamente, tirar-lhe alguma energia física e criar-lhe alguma inibição no relacionamento com os outros."
ou ainda:
"Sem dar indício, sem se notar, esse indivíduo poderá estar a desenvolver um estado mais incontrolável, ter uma maior sensação de incompreensão, e desenvolver uma energia muito instintiva ou, simplesmente, poder ter menos controle ou bom senso...".
Estes prognósticos provocam em mim um sabor amargo, têm um resultado muito ambivalente, dual, sofrido, antagónico.
Se, por um lado, fica a descoberto que as regras da Astrologia, quando corretamente usadas, possibilitam previsões corretas, apontam acontecimentos com os quais somos, na realidade, confrontados na vida, é confrangedor pensar que essas regras, essas Leis do Universo, não são facilmente contrariáveis pelo ser humano.
Perante isto, dá vontade de perguntar: o que é o Livre Arbítrio? Temos ou não Livre Arbítrio?