Foi em março de 2020 que o mundo mudou com a pandemia Covid-19. As ordens eram claras: evitar sair de casa, seguir, à risca, o distanciamento social e usar máscara.
Numa entrevista exclusiva, concedida à SELFIE, Paulo Cardoso confessa que este período de isolamento social foi-lhe particularmente difícil: "Para ser sincero, não foi nada fácil. Não podia dar aulas. Tenho um projeto de turismo rural, lá para os lados do Meco, e tenho uma quinta com animais. O que melhor me aconteceu foi ter aquilo, porque não podia ir a Lisboa, não podia estar com as pessoas... Então, estava com os meus animais todos, estava a tomar conta deles e a brincar com eles, dava de comer às galinhas... Foi uma maneira de me sentir útil, de não quebrar completamente a relação com as pessoas."
O astrólogo, de 69 anos, garantiu-nos, ainda, que, desses tempos adversos, conseguiu tirar "um gigante benefício": "É que a minha vida, antes da pandemia, era preenchida por tanta, mas tanta coisa que houve uma área da minha existência - que me dá muito gozo - que é a criação (pintar, esculpir...) e que foi ficando esquecida, no meio de tantos compromissos. Deixei de ter tempo ao ponto de apontar, apenas, ideias num caderninho para pintar mais tarde, quando tivesse tempo."
"Na pandemia, fiquei sem saber o que fazer, estando isolado, e lembrei-me desse pequeno caderno. Ainda por cima, nessa quinta, tenho um atelier grande, voltado para o Oceano Atlântico, mas nunca tinha tido tempo. Fiz à volta de 200 pinturas, durantes esses dois anos de pandemia. Em breve, vou expor tudo o que pintei, num sítio maravilhoso. Ainda está tudo muito no início, mas será uma retrospetiva, que irá incluir essas pinturas", revelou Paulo Cardoso.
Recorde-se que, além deste projeto, o renomado astrólogo lançou, recentemente, um livro com as previsões, detalhadas, para cada signo do zodíaco para o ano de 2023, além de se encontrar a ministrar, atualmente, um novo curso de Astrologia.