Foi há cerca de um mês que faleceu o ator Francisco Brás, uma morte que tem sido lamentada, nas redes sociais, por colegas e amigos.
José Raposo é um dos exemplos. "Foi há um mês que vi nas redes que o Chico tinha morrido! Custa-me ainda publicar isto, porque há pessoas que nunca nos podem deixar!", começou por exclamar o ator.
"O Chico era um ser muito especial, todos admirávamos a bondade intrínseca, o amor aos outros, ao teatro e à vida! Conheci-o em 1983 no musical 'Annie', no Teatro Maria Matos e, a seguir, a Rita Ribeiro juntou um grupo de jovens para um espectáculo, no qual, além do Chico, estava eu, a Maria João [Abreu], a Noémia Costa… e percorremos o país durante meses! Mais tarde, fiz com o Chico a farsa 'Aqui Há Fantasmas', no Teatro Variedades, e estivemos um ano em cena. Integrei também com ele um projeto didático que era as 'Viagens ao Interior do Teatro', no Teatro Maria Matos, no qual uma manhã por semana ensinávamos, no palco, todas as atividades do teatro a alunos de escolas e depois representávamos o 'Auto da Barca do Inferno'. Isto nos anos 90. Alberto Villar e Alina Vaz (grandes amigos do Chico) foram os pioneiros deste projeto", recordou, de seguida.
Entretanto, José Raposo destacou aquela que é, na respetiva opinião, a "obra maior" de Francisco Brás: "A fundação do grupo de teatro da CRINABEL, onde ele 'destilou' toda a generosidade, bondade e todo o talento numa missão incrível com jovens com trissomia 21."
"Como Cucha Carvalheiro tão bem definiu, 'Portugal perdeu um homem bom, o Teatro perde um servidor de excelência, que nunca perseguiu a fama ou o sucesso, tão na moda nos dias de hoje. Obrigada, Francisco, pela tua vida de mérito!'", acrescentou, ainda.
"A amizade foi forte, sincera, como acontecia com quem se cruzasse com o Chico! Um beijo enorme Sara, Kiko e Eva! Até sempre, Chico", completou José Raposo, na legenda de um "tesourinho", no qual surge com Francisco Brás.
Veja, agora, a imagem partilhada por José Raposo, na galeria de fotografias que preparámos para si.