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"Uma sova valente"! Ex-amigo acusa José Castelo Branco de nova agressão a Betty Grafstein

Em direto na TVI, José Castelo Branco foi confrontado com o depoimento de um homem que denuncia um novo alegado episódio de violência doméstica.

José Castelo Branco esteve no "Jornal Nacional", esta quinta-feira, dia 9, e foi confrontado por Sandra Felgueiras com depoimentos de pessoas que acusam o marchand d'art de exercer violência doméstica sobre Betty Grafstein.

Um deles é feito por alguém que se apresenta como ex-amigo da família. Este homem fala de uma agressão que diz ter acontecido no início do casamento entre José Castelo Branco e Betty Grafstein. Correria o ano de 1996.

"Apanhei um choque, porque eu estava a trabalhar e recebo um telefonema de casa de Sintra, a pedir por tudo para eu ir lá. Tinha havido uma situação muito grave. A Betty estava com parte da cara toda negra e - mais do que isso - tendo afetado inclusivamente o olho. Portanto, havia ali um hematoma. Dava a ideia de que tinha sido... Uma sova valente", afirmou esta pessoa, sob a condição de anonimato.

"A Betty não dava de si. Estava prostrada na cama. Aquilo, para mim, era completamente impensável. Só um louco é que faria uma coisa daquelas, não é? Só uma pessoa muito violenta e fora de si é que poderia ter feito aquilo que ele fez!", acrescentou esta testemunha.

Sandra Felgueiras resumiu, depois, os alegados acontecimentos para confrontar José Castelo Branco: o marchand d'art terá saído do palacete do casal, em Sintra e a antiga joalheira terá ficado três dias num quarto, a ponto de a empregada supostamente ter chamado o então amigo do casal.

Ainda segundo este relato, o filho de Betty Grafstein, Roger, foi chamado a Portugal e apresentou uma queixa contra o padrasto, retirada mais tarde a pedido da mãe, sob ameaça de deserdá-lo.

No noticiário da TVI, José Castelo Branco afirmou ser "mentira" que tenha agredido Betty Grafstein e explicou o que, de facto, aconteceu.

Alegando que tudo ocorreu em 1997 e não em 1996, o marchand d'art disse: "Aconteceu um acidente num BMW que tinha na altura. Vínhamos de Lisboa. A Betty magoou-se, ficou no quarto. Ela não quis ir ao hospital. Não havia necessidade de ir ao hospital, porque a única coisa com que ela ficou foi uma pancada aqui [aponta para as costas]."

"Nunca saí de casa. O Roger esteve realmente em Portugal. Veio a Portugal nessa altura. Vinha assinar uns papéis por causa de umas propriedades de Inglaterra", prosseguiu, não negando que o filho de Betty Grafstein o tenha culpado: "Culpou-me, claro. É natural. O Roger culpa-me de tudo."

Presente, esta quarta-feira, dia 8, a primeiro interrogatório judicial, José Castelo Branco saiu do Tribunal de Sintra em liberdade. Ainda assim, o juiz de instrução criminal aplicou-lhe as seguintes medidas de coação: "proibição de contactos por qualquer meio com a vítima", "proibição de permanecer, no estabelecimento hospitalar em que a mesma se encontre" e "proibição de permanecer na residência que a vítima vier a ocupar quando tiver alta hospitalar ou de dela se aproximar, a menos de um quilómetro, com recurso a meios técnicos de controlo à distância".

Internada desde 20 de abril no Hospital CUF Cascais, Betty Grafstein relatou a vários profissionais de saúde os maus tratos de que terá sido alvo por parte de José Castelo Branco. Por se tratar de um crime público, a unidade de saúde denunciou o marchand d'art ao Ministério Público.

José Castelo Branco permanece como suspeito de violência doméstica. A investigação prossegue.

Assista, agora, à entrevista concedida por José Castelo Branco no "Jornal Nacional".

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