"Um dos momentos que mais gosto durante o ano", começou por referir João Espírito Santo em relação às tradicionais férias de verão.
Contudo, mesmo durante os momentos de ócio, é difícil despir a bata de médico dentista, uma vez que acaba por, muitas vezes, ser abordado para consultas na praia.
"Este verão, encontrámos uma senhora no meio do restaurante, que me abordou e disse, antes de abrir a boca: 'Olhe veja lá se isto está bem feito'. Eu respondi: 'Minha senhora, eu peço desculpa, mas não vou estar aqui a comentar o trabalho de um colega. E muito menos aqui, num restaurante. Não a conheço como doente e não se tratam pessoas num restaurante, mas sim na clínica, no gabinete'", explicou João Espírito Santo.
A senhora não terá ficado agradada com a resposta e ripostou: "Eu pensava que era mais simpático."
"Não é uma questão de simpatia, mas uma questão de sermos corretos!", sublinhou o médico dentista, antes de recordar o episódio mais caricato que viveu: "Ficou para a história e os meus filhos riem-se como uns perdidos, até hoje!".
"Uma senhora veio ter comigo e disse-me assim: 'Ó senhor doutor, arranje-me lá uma prótese. Não tem aí nenhuma no bolso?'", contou, divertido, João Espírito Santo.
"São coisas caricatas e nós, muitas vezes, não sabemos como responder. Mas isto também tem a parte boa que é nós termos histórias para contar", sublinhou o médico dentista, antes de confessar: "Gosto quando falam comigo e quando me interpelam. Mas muitas vezes, em férias, é difícil evitar que aconteça."