Joana Amaral Dias escolheu Manuel Luís Goucha para conceder uma entrevista em que abordou as mais recentes polémicas em que o respetivo nome esteve envolvido. O caso recentemente julgado em tribunal, no processo em que a madrasta era acusada de ter envenenado o pai da psicóloga, o professor Carlos Amaral Dias, foi um dos assuntos comentados.
Logo no início, Joana Amaral Dias fez um esclarecimento. "Eu não interpus qualquer ação contra a minha madrasta. É preciso isso ficar muito claro, porque isso não é verdade. Quem interpôs uma ação contra a minha madrasta foi o Ministério Público", garantiu, falando, depois, da origem da "história sobre a putativa tentativa de homicídio do pai".
"Depois do AVC, em 2017 e 2018, o meu pai tinha várias comorbidades associadas. Tinha problemas respiratórios, estava medicado, por aí fora... Mas, de repente, o meu pai começou a fazer internamentos estranhíssimos. Resumindo muito a história: numa hora estava bem (...), noutra hora parecia que estava a desmaiar, a falecer...", contou a também comentadora da TVI e da CNN Portugal.
"Estranho. O que se estava a passar? Nunca ninguém nos clarificou isso. Não nos davam informação, até porque a minha madrasta, naturalmente sendo legitimamente casada com o meu pai, era a pessoa que tinha acesso diretamente à informação", prosseguiu Joana Amaral Dias.
Num episódio seguinte, o mesmo não aconteceu. "Até que um dia o meu é internado nos Capuchos e uma médica nos diz que há uma intoxicação com benzodiazepinas. Ele tinha uma dose elevadíssima de benzodiazepinas. O meu pai era médico e, além de ser médico, tinha um doutoramento na área de toxicologia. O meu pai nunca iria sobremedicar-se. Podia automedicar-se, como fazem muitos médicos, mas ele tinha uma noção clara das dosagens", afirmou.
"Na sequência disto, eu e os meus irmãos chegámos a conclusão de que alguém estava a fazer-lhe mal. Fomos à Polícia Judiciária fazer uma queixa de tentativa de homicídio por desconhecidos, pois nós não sabíamos quem estava a intoxicar com benzodiazepinas o meu pai", explicou a psicóloga.
Após uma investigação, a madrasta acabou por ser acusada. "Havia indícios, bastantes, para fazer a acusação de ofensas corporais físicas agravadas à minha madrasta e foi esse processo que seguiu. Não fui eu que fiz queixa contra a minha madrasta!", insistiu Joana Amaral Dias, que acabou por constituir-se assistente no processo movido pelo Ministério Público.
A psicóloga fez ainda uma revelação sobre o pai. "Ele sabia que alguém estava a intoxicá-lo. Ele disse isto à Polícia Judiciária. E sabia que havia só quatro ou cinco pessoas que poderiam tê-lo feito, porque eram as pessoas que tinham acesso à medicação e à casa. Disse que era o motorista dele, a secretária dele, a mulher, a empregada... E acrescenta, nessa declaração à Polícia Judiciária, que achava que não seriam os funcionários, porque era ele que lhes pagava o salário e, portanto, com a morte dele, essas pessoas perderiam um bem muito importante", alegou.
A madrasta de Joana Amaral Dias foi absolvida do processo. "É muito difícil provar um crime que ocorre com uma pessoa que está debilitada e por outra que tem acesso a ela", afirmou Joana Amaral Dias, que disse não ter ficado surpreendida com a sentença: "Estava à espera que fosse muito difícil de provar, mas fiz aquilo que a minha consciência ditou enquanto filha. Não deixei o meu pai sozinho nesta situação."
Assista, agora, aos vídeos da entrevista concedida pela psicóloga, esta segunda-feira, dia 5, no vespertino "Goucha".