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Filipe Vargas mostra-se surpreendido com novo desafio profissional: "Não fazia ideia!"

Em declarações exclusivas, concedidas à SELFIE, o ator Filipe Vargas mostrou-se surpreendido, a propósito de um novo desafio profissional.

Filipe Vargas vive uma profícua fase profissional: além de integrar o elenco da peça "O Homem Inofensivo", o ator, de 51 anos, faz parte do filme "Cândido - O Espião que Veio do Futebol", de Jorge Paixão da Costa, que narra a vida do futebolista português Cândido de Oliveira.

Em declarações exclusivas, concedidas à SELFIE, Filipe Vargas falou sobre a personagem que interpreta neste filme: John Beevor.

"É uma personagem que existiu, tal como quase todas as outras personagens do filme. O Cândido fazia várias coisas, para além de ser futebolista: era telegrafista, selecionador nacional, jornalista (tinha uma revista, a Stadium), foi um dos fundadores do jornal A Bola e foi, também, espião. Era um espião português para os ingleses contra os nazis", começou por nos explicar.

"A minha personagem é um diplomata inglês. Era um espião. Na década de 40, o Reino Unido tinha espiões em vários países da Europa, porque havia sempre o medo de que o [ditador Adolf] Hitler invadisse o sul da Europa, a Península Ibérica. O Cândido de Oliveira ajudava este Beevor a montar uma estrutura de informação, com telégrafos, para avisarem no caso de Portugal estar a ser invadido, além de colocarem bombas em reservatórios de água e de combustível, rebentarem pontes, estradas... Era uma estratégia que já tinha sido feita na altura das invasões francesas - a estratégia da terra queimada - para o invasor ter a vida dificultada", acrescentou Filipe Vargas, que ainda assumiu: "Não fazia ideia de que o Cândido era espião. Mas era!"

O artista ainda se mostrou agradado por esta viagem no tempo: "É a recriação de uma época à qual acho muita graça: os anos 40. Há uma parte visual muito gira: os carros são incríveis, por exemplo."

"Para mim, o mais difícil ou desafiante foi trabalhar o sotaque, que é um trabalho acrescido para que nunca se perca. É um trabalho muito delicado. É preciso dar uma tonalidade e uma musicalidade inglesas ao texto. E há muitas pessoas que conheço, como a Maya Booth e a Vitória Guerra, que têm mães inglesas, e tenho várias outras pessoas que gravaram os textos das cenas com sotaque inglês. São ingleses que vivem há muito tempo em Portugal e nunca perdem o sotaque. E é esse o sotaque que estou a usar", partilhou, ainda.

Estando neste momento a trabalhar também em teatro, será que Filipe Vargas tem algum meio de representação preferido? O ator respondeu-nos: "O mais importante é a personagem, independentemente do meio. Pode acontecer estar a fazer um filme com uma personagem sem muita graça (o que não é o caso deste projeto) e fazer, numa novela, uma personagem bastante interessante. Aliás, numa novela, há um processo interessante: acompanhamos uma personagem durante praticamente um ano e conseguimos fazer um arco, acompanhar essa trajetória durante imenso tempo e explorar imensas coisas. As pessoas têm uma ideia errada de que a novela é um trabalho menor, mas não tenho essa opinião. Há personagens em novelas que são um grande desafio e que me fazem crescer imenso enquanto ator, tal como aconteceu na personagem recente que interpretei na novela 'Quero é Viver'. O bom é que haja personagens interessantes."

Recorde-se que, nesta entrevista exclusiva à SELFIE, Filipe Vargas falou sobre uma mudança radical de vida e recordou Luís Aleluia.

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