"Tive um dia lixado. Também os tenho e não raras vezes. Quem me segue não tem que saber, não tem que levar com os meus amargos de boca. Com as minhas frustrações!" Assim começa o longo texto escrito por Cláudio Ramos, esta terça-feira, dia 8, no Instagram, em que o apresentador acabou por refletir sobre os comentários de ódio nas redes sociais.
"Quando alguém desse lado escreve um comentário ou me manda uma mensagem fora de tom, não sabe o que vai encontrar aqui nem o que pode desencadear. Nas redes sociais, agride-se só porque querem ter um palco e isto deveria ser punido. Severamente punido", defendeu Cláudio Ramos.
Na opinião do anfitrião do programa da TVI "Dois às 10", "não são apenas perfis falsos que o fazem". "Não se enganem!", alertou, prosseguindo: "Gente com família, amigos, trabalhos, também usam as redes como caixote do seu lixo emocional. Sentem-se importantes porque alguém escuta a opinião que dão aqui mas que não teriam coragem de dar na cara, porque são cobardes. Na net, esta gente dá a sua opinião sem medo nem vergonha... Eu ‘tento’ valorizar pouco. Acho que, quem me conhece, sabe isso. Até porque, do outro lado, as frustrações têm que ser resolvidas por eles, não por mim, que eu já resolvo as minhas na terapia. É mais caro mas menos agressivo!"
"Eu posso ‘tentar’ não ligar, mas este ataque que nos é feito, porque somos ‘pessoas públicas’, é errado e criminoso. Na fatura que cobro ao fim do mês, vem o trabalho que faço, vem a opinião que se tem de mim, vem eu levantar-me todos os dias às seis da manhã, trabalhar muitas horas por dia, ter tido meses seguidos sem fins de semana, anos sem férias, vem estar longe da minha filha desde que ela nasceu, deixar as minhas raízes porque aqui é que está o meu trabalho, abandonar amigos... Mas não está o ser ameaçado, ofendido, humilhado, agredido, como tantos tentam fazer e tantas vezes. Vezes demais!", lamentou o colega de Maria Botelho Moniz.
"Portugal está longe de controlar isto e sempre defendi que 'era um preço que se pagava', mas deixa de o ser, quando estes ignorantes do teclado têm depois o palco que lhes é dado de alguns escribas de secretária, validando o que dizem em manchetes de ficção que ajudam a destruir os outros. Isso galvaniza-os. Enche-lhes o ego medíocre. Se é um bom caminho? Não. Se vejo que se vá melhorar? Também não!", opinou ainda Cláudio Ramos.
No final, o apresentador deixou um esclarecimento. "O ‘dia lixado’ não tem a ver com este tipo de mensagens e comentários. Esses não me tiram o sono. Mas que nos sirva de reflexão. Boa noite", desejou.
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