Foi em 2020 que uma série de reportagens da TVI deu a conhecer ao país a luta de Ângela Ferreira para engravidar de Hugo Neves, o marido que tinha morrido de cancro. Este trabalho jornalístico, da autoria de Emanuel Monteiro, mobilizou o país e mais de 100 mil pessoas e vários partidos políticos juntaram-se a esta causa, fazendo com que a nova lei da procriação medicamente assistida entrasse em vigor.
O desejo de Ângela Ferreira parecia mais perto de se cumprir e, um ano e meio depois, a barbeira tornou-se a primeira mulher a ser inseminada com sémen de um homem morto, em Portugal. Só que Ângela Ferreira sofreu um novo revés, ao perceber que a interpretação do texto legal só permitia o recurso à inseminação artificial pós-morte, uma técnica com uma taxa de sucesso máxima de 20%.
Agora, ao fim de quatro anos, Ângela Ferreira "conseguiu o milagre" e está grávida. "Tenho dos corações a bater dentro de mim, neste momento", afirma a cabeleireira, em declarações para uma nova reportagem que será emitida esta segunda-feira, dia 20, no "Jornal Nacional".
No Instagram, Ângela Ferreira, também, fez uma publicação acerca da gravidez: "Hoje, finalmente, partilho com todos vocês a tão desejada notícia! Foram anos de luta para aqui chegar, o processo foi longo e doloroso… mas, finalmente, conseguimos! É com uma alegria enorme e com o coração cheio que, hoje, partilho que, agora, batem dois corações dentro de mim."
O bebé será o primeiro, em Portugal, a ser concebido após a morte do pai e Ângela Ferreira não podia estar mais feliz.
Recorde, agora, a carta aberta que Ângela Ferreira escreveu, em exclusivo, para a SELFIE e reveja as reportagens "Amor sem fim", da TVI.