Causas da Perda Óssea
A perda óssea pode resultar de diversas condições e fatores, incluindo:
Doenças Periodontais: as infeções que afetam as gengivas e os ossos que suportam os dentes são uma das principais causas de perda óssea. A periodontite, em particular, leva à destruição progressiva do osso alveolar.
Osteoporose: esta condição sistémica caracteriza-se pela redução da densidade óssea e aumento do risco de fraturas. A osteoporose pode afetar os ossos maxilares, embora seja mais comum nos ossos longos e na coluna vertebral.
Extração Dentária: após a perda de um dente, o osso alveolar, que antes suportava o dente, começa a reabsorver-se. Sem estímulo da raiz dentária, a massa óssea pode diminuir significativamente.
Trauma: lesões traumáticas, como fraturas ou acidentes, podem danificar o osso e levar à sua perda.
Doenças Sistémicas: condições como diabetes, doenças autoimunes e algumas infeções podem contribuir para a perda óssea.
Envelhecimento: com o avançar da idade, a capacidade de regeneração óssea diminui, levando a uma perda gradual de densidade óssea.
Consequências da Perda Óssea
A perda óssea pode ter várias repercussões negativas na saúde e bem-estar do indivíduo:
Instabilidade Dentária: a redução do osso alveolar pode levar à mobilidade dentária e, eventualmente, à perda dos dentes.
Dificuldades na Mastigação: a falta de dentes ou a presença de próteses instáveis pode dificultar a mastigação e comprometer a nutrição.
Alterações Faciais: a perda de volume ósseo nos maxilares pode levar a mudanças na aparência facial, como o afundamento das bochechas e lábios, conferindo uma aparência envelhecida.
Impossibilidade de Colocação de Implantes: a reabsorção óssea pode tornar inviável a colocação de implantes dentários sem procedimentos de aumento ósseo.
Tratamentos para a Perda Óssea
A abordagem ao tratamento da perda óssea varia conforme a gravidade e a causa subjacente. As opções incluem:
Enxertos Ósseos: são utilizados para aumentar o volume ósseo, permitindo a colocação de implantes ou estabilizando dentes existentes. Os enxertos podem ser autógenos (do próprio paciente), alógenos (de doadores) ou sintéticos.
Implantes Zigomáticos: para casos de atrofia maxilar severa, os implantes zigomáticos, que se fixam ao osso zigomático, oferecem uma alternativa aos enxertos ósseos.
Tratamentos Periodontais: a gestão eficaz da doença periodontal através de consultas de manutenção, raspagem e alisamento radicular, e possivelmente cirurgia periodontal, é crucial para prevenir a progressão da doença até à perda dentária.
Regeneração Óssea: técnicas como o uso de plasma rico em plaquetas (PRP) ou fatores de crescimento podem estimular a regeneração óssea quando associados com enxertos.
As visitas regulares ao seu Médico Dentista são essenciais. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e medidas preventivas, é possível gerir e até mesmo reverter os seus efeitos.
Apesar da importância reconhecida dessas consultas, muitas pessoas tendem a negligenciá-las, colocando em risco a sua saúde oral e, por conseguinte, a sua saúde geral.
Prof. Doutor João Espírito Santo
OMD: 04663