Entrevistas

Triste com falta de convites regulares para televisão, Patrícia Candoso desabafa: "Acho que merecia mais"

A atriz Patrícia Candoso concedeu uma entrevista exclusiva, à SELFIE, na qual lamentou a ausência de convites regulares para o pequeno ecrã.

Há já algum tempo que não vemos a Patrícia com uma presença regular, na televisão, somando participações especiais em novelas. É uma decisão própria ou deve-se à ausência de convites?
Neste momento, e desde há uns seis anos, deve-se, de facto, à ausência de convites. Por vezes, sei que o meu nome está indicado para alguma personagem, mas depois... não é escolhido. Fico sempre sem saber porquê ou fico a saber que deram o papel, novamente, a um rosto do canal. Não digo, com isto, que as personagens especiais ou adicionais ao elenco que tenho feito sejam menores, muito pelo contrário: nas duas últimas novelas ['A Serra' e 'Alma e Coração'], fiz personagens muito interessantes e com incidência na história. Mas acho que merecia mais, sem qualquer falsa modéstia, sempre fui muito elogiada pelo meu profissionalismo e pela minha dedicação em todos os projetos que fiz. Fico triste, claro, mas aqui continuarei, sem desistir, e a realizar outros trabalhos, inclusivamente no teatro, onde também sou feliz.

Neste momento, está em reposição a novela "Louco Amor", a última novela da TVI, na qual participou, já lá vão 10 anos... Que lembranças tem deste projeto?
Incrível, há dez anos, já. Foi um projeto muito bonito, algumas pessoas que fizeram parte deste "Louco Amor", infelizmente, já cá não estão. Fiz amizades neste projeto, mais uma vez, pude representar e cantar, contracenei com a grande Simone [de Oliveira]... Foi muito bom.

No entanto, antes de "Louco Amor" - e até antes dos "Morangos com Açúcar" -, a Patrícia estreou-se na novela "Sonhos Traídos", na qual contracenou, entre outros, com uma grande atriz que se despediu de nós há poucos meses: Eunice Muñoz. Como foi trabalhar com a Eunice?
Verdade. Foi incrível. Na mesma medida em que fiquei entusiasmada, fiquei em pânico, também. Eu, uma miúda a começar, com pouca experiência, ia ser neta da D. Eunice. Aprendi muito, só a observá-la. Para mim, ela era todas as minhas memórias de infância, ela era a "Banqueira do Povo" [novela da RTP, protagonizada por Eunice Muñoz], a "Mãe Coragem" [peça teatral, igualmente protagonizada pela atriz]... Era uma referência. E era de uma generosidade com os colegas... Um exemplo.

A música faz parte da sua vida, sendo que já foi atriz, encenadora e autora de teatro musical. É um trabalho bastante completo para uma artista, certo?
Sem dúvida, gosto de várias áreas artísticas e tenho valência nas mesmas, até na dança, uma área que não domino, mas que já experimentei em alguns musicais.

Aliás, numa dessas incursões no teatro, mais propriamente, numa revista, chegou a cantar fado. Sempre gostou desse género musical ou essa oportunidade de cantar fado foi uma autêntica surpresa?
Não sou, de todo, fadista, mas acho que tenho o Fado dentro de mim, cresci a ouvir Fado e vários fadistas. Já sabia que conseguiria cantá-lo e, assim que me foi proposto, aceitei fazê-lo.

E, falando em música, prevê lançar, em breve, um novo álbum?
Neste momento, não. Ou, pelo menos, num futuro próximo, não está nos meus planos.

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