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Rita Pereira fala sobre as oportunidades, o respeito e a discriminação

A atriz Rita Pereira marcou presença no encontro do elenco da novela "Quero é Viver", da TVI, com a comunicação social, que aconteceu esta terça-feira, dia 8, a propósito do Dia da Mulher.

Aos jornalistas, a atriz começou por confessar que não gosta do Dia da Mulher, uma vez que considera que este dia deve ser celebrado durante os 365 dias do ano. "Ou melhor, são 364 e temos lá um dia para os homens", atirou, às gargalhadas.

"Não concordo muito com este dia, mas compreendo que exista. A mulher, realmente, tem lutado muito mais do que o homem, para conquistar o que quer que seja. Mas não me identifico", admitiu.

Nesta linha de pensamento, Rita Pereira confessou que sentiu que teve de lutar mais por ser mulher. "Muitas vezes! E sempre fui uma mulher que se colocou à frente e que quis mostrar que também conseguia tanto, ou melhor, do que o homem que estava ao meu lado", afiançou.

A atriz, que é uma das protagonistas da novela "Quero é Viver", lamentou, também, o facto de a mulher ser olhada de forma diferente na sociedade. "Menos oportunidades, menos respeito, menos confiança no trabalho. Por exemplo, hoje: 'Deixa lá ver que roupa é que ela traz'. Nós não somos isso, eu gosto de me vestir e de sobressair, é verdade, mas não tenho culpa que os homens não sobressaiam, a culpa é deles. Trabalhassem e tentassem. Não conseguiram, temos pena", disparou.

Rita Pereira foi mais longe e avançou que já se sentiu discriminada por ser mulher. "Mas lutei. Já tive conversas de horas com homens machistas, para tentar mostrar-lhes o meu ponto de vista. Por exemplo: quando estamos num jantar, por que razão é que o empregado dá sempre a conta ao homem? É uma coisa que me transcende e me tira do sério. Sendo que, desde os 16 anos que sou eu que pago a minha conta. Nunca nenhum homem paga a minha conta. Se paga é porque é meu amigo ou porque estamos numa festa e ele faz anos, por exemplo", disse.

"Acho que represento todas as mulheres que são independentes e que não precisam de um homem para determinadas situações. Quero um homem ao meu lado, obviamente que quero, não sou anti-homens, de todo. Sou apenas pela igualdade", defendeu, ainda.

Esta clivagem é algo que a preocupa, no que diz respeito à educação do filho, Lonô, de três anos, fruto da relação com Guillaume Lalung. "Preocupo-me em passar-lhe a mensagem de que pode vestir-se de cor-de-rosa, de que pode brincar com bonecas, de que pode brincar só com meninas e de que, se quiser experimentar os meus sapatos, só porque sim, pode fazê-lo. Isso não vai fazer com que a personalidade dele se altere. Só quero que ele seja livre para escolher aquilo que quer, independentemente daquilo que vai ser quando crescer", explicou.

Por fim, Rita Pereira acabou por dedicar o Dia da Mulher deste à irmã, Joana, que sofreu um acidente com uma lareira de bioetanol, estando, neste momento, internada com ferimentos no peito, no braço e nas mãos. "Posso dedicar este dia à minha irmã, que está a passar por uma situação difícil. É uma mulher super forte e que se está a mostrar ainda mais forte nesta situação", rematou.

Veja, agora, o visual salmão que Rita Pereira usou no evento, na galeria de fotografias que preparámos para si!

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