Miguel Melo foi um dos convidados da emissão do programa "Júlia", da passada segunda-feira, dia 8 Na entrevista, concedida a Júlia Pinheiro, o ator, de 56 anos, recordou o início do vício em drogas, durante a adolescência.
"Estava realmente muito cansado. Tive uma infância e uma adolescência com muito trabalho", assinalou, destacando que tudo começou, quando Miguel Melo trabalhava como bailarino profissional.
"Descobri que existia um químico que me punha a saltar mais alto, a sentir mais energia e não era o único bailarino que usava esse químico. Aí, manifestou-se a minha parte aditiva. Não usava de uma forma recreativa, usava esse químico para trabalhar. Só que, num ano, destruí a minha carreira, porque usava diariamente e foi uma coisa que me destruiu", acrescentou.
"Era muito miúdo, abusava, comecei a ter uma vida um bocadinho incompatível com aquele trabalho", destacou, ainda.
Para Miguel Melo, o consumo de drogas era onde o artista se encontrava num "espaço negro e escuro", no qual realizava os "consumos de solidão".
Na luta contra a dependência, o papel da família foi essencial, nomeadamente da mãe. "Deu-me vida e salvou-me a vida. [...] Cheguei a estar à porta da minha mãe a dizer que tinha fome, frio, medo e a minha mãe não me abria a porta, enquanto não me fosse tratar… É preciso um amor e uma coragem..."
Recorde-se que, nesta entrevista, Miguel Melo destacou, ainda, uma curiosidade sobre a namorada, Sara.
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