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Após desmaio, Marcelo Rebelo de Sousa sai do Hospital de Santa Cruz e fala aos jornalistas

O Presidente da República teve alta hospitalar e saiu esta quarta-feira, dia 5, pelas 20:00 horas do Hospital de Santa Cruz, onde chegou cerca das 16:00 horas e esteve a realizar exames, após ter desmaiado numa iniciativa no concelho de Almada.

Com Lusa

Foi cerca das 15:45 horas da passada quarta-feira, dia 5, que a assessoria de comunicação da Presidência da República informou que "o Presidente da República teve uma indisposição após uma visita na Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa, e foi ao Hospital de Santa Cruz por precaução".

Perto das 18:00 horas, Miguel Mendes, diretor do serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, de que faz parte o Hospital de Santa Cruz, disse aos jornalistas que o Presidente da República se encontrava "muito bem", a conversar, "na plena posse das capacidades", que os primeiros exames tiveram "resultados normalíssimos" e aguardavam os resultados de outros.

Marcelo Rebelo de Sousa teve, entretanto, alta hospitalar e saiu a pé do hospital, aproximadamente quatro horas depois de ter entrado.

O Presidente da República falou aos jornalistas, à saída do Hospital de Santa Cruz, no concelho de Oeiras, distrito de Lisboa, relatando que teve "uma quebra de tensão repentina, o chamado fenómeno vagal", para o qual talvez tenha contribuído "beber um moscatel quente".

O chefe de Estado disse que não ficou no hospital durante a noite e que as análises "foram claramente positivas" e não deixaram dúvidas, acrescentando: "Sinto-me bem."

O Presidente da República informou que levava consigo um aparelho para registar a evolução da tensão arterial até quinta-feira ao fim da manhã e que lhe foi recomendado que beba mais água.

Interrogado sobre eventuais mudanças na agenda, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que, por agora, ia para o Palácio de Belém descansar e que vai ver na quinta-feira em que estado é que está, se há uma "estabilização da tensão", admitindo deixar cair algumas iniciativas nos próximos dias.

Sobre as mensagens e os telefonemas que recebeu enquanto esteve no hospital, Marcelo Rebelo de Sousa contou que, quando falou por telefone com o primeiro-ministro, António Costa, lhe deu uma certeza: "Ainda não é desta que eu morro."

"Nós temos sempre esta brincadeira que é saber quem é que faz o elogio fúnebre um do outro", revelou.

O Presidente da República realçou, também, a chamada que recebeu do presidente do PSD, Luís Montenegro, a visita do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e um telefonema de "um dos chamados candidatos a candidatos a Belém", que não quis nomear, a quem aconselhou "calma, que ainda não é ocasião para começar a campanha eleitoral".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a indisposição que teve esta quarta-feira, dia 5, no fim de uma visita à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no concelho de Almada, distrito de Lisboa, que não constava da agenda tornada pública, foi semelhante à de junho de 2018, em Braga, "também num dia muito quente", e, para isso, possivelmente contribuiu desta vez "beber um moscatel quente".

"Comecei a ter os mesmos sintomas que tinha tido em Braga, que é quebra de tensão. Há uma quebra de tensão repentina, o chamado fenómeno vagal, a sentir tudo a ser distanciado", descreveu.

Rodeado de gente, o chefe de Estado tentou afastar-se e "chegar ao edifício sem ter desmaiado", mas não conseguiu.

"Já não consegui, mas foi muito curto comparado com o de Braga, que foi muito mais longo", acrescentou.

O Presidente da República salientou que não sentiu "dor nenhuma", mas que fez exames para excluir qualquer problema cardíaco.

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