Entrevistas

Liliana Almeida de Carvalho sobre novo projeto: "A vontade de ver o produto final é tanta"

A SELFIE tem acompanhado, de perto, os preparativos do lançamento do primeiro álbum a solo de Liliana Almeida de Carvalho.

Depois de nos ter revelado, em primeira mão, todos os pormenores do álbum a solo que vai lançar, no decorrer do mês de dezembro, Liliana Almeida de Carvalho falou-nos, agora, sobre os videoclipes do mesmo projeto.

- Para quem não sabe, como se planeia (da pré à pós-produção) um videoclipe?
A organização de um videoclipe é um trabalho de equipa, que vai desde a escolha das roupas à escolha do local (ou locais), passando pela história que se quer contar. A partir da ideia base, pensa-se na equipa (quem vai realizar, quem trata da roupa, dos cabelos e da maquilhagem) e se é, ou não, preciso figurantes, tendo em conta o que se pretende. Posto isto, tem de se criar o guião, que se chama, tecnicamente, story board. Este guião pode ser criado pelo artista, pelo realizador, ou por ambos. Do story board passa-se para o mood board. Aqui, todos os detalhes são pensados ao pormenor: o cenário, as roupas, o cabelo, a maquilhagem e os acessórios. Depois, escolhem-se os locais e verificam-se as autorizações necessárias, para se gravar nos mesmos. Com tudo isto planeado, chega a hora de gravar o videoclipe, que pode ser gravado em horas ou em dias. Já a pós-produção é um trabalho que se faz em conjunto com o realizador, onde se escolhe, take a take, cada imagem, de maneira a obter-se o melhor resultado. O mesmo acontece com as fotos, onde se decide, em conjunto, qual a foto de capa do single, quais as fotos de promoção e quais as fotos do making of.

- Quais as suas fontes de inspiração para os videoclipes?
A minha inspiração são as próprias músicas. Quando faço uma música, estou a contar uma história e o videoclipe tem de manter a verdade da mensagem cantada.

- Gosta mais de gravar os videoclipes ou de gravar as músicas em estúdio?
Hoje em dia, o videoclipe já é pensado quando se concebe a música, porque dão vida às palavras cantadas. Contam a história pensada por nós. Mas, como venho de uma altura em que os videoclipes ainda estavam a começar em Portugal - gravei o meu primeiro em 2001, com as Nonstop, da música "Ao Limite Eu Vou". Foi um dos primeiros a ser gravado em película (e que me levou ao hospital 24 horas depois) -, continuo a preferir gravar as músicas em estúdio e, depois, cantá-las ao vivo. Dá-me imenso prazer ouvir as músicas cantadas.

- Quantos videoclipes fazem parte deste álbum?
O álbum conta com 12 temas e seis videoclipes.

- Qual é o maior desafio das gravações?
O maior desafio das gravações é o tempo que demoram a ser feitas e, por vezes, o cansaço quer apoderar-se. No entanto, e falo por mim, a vontade de ver o produto final é tanta que aguento com firmeza o cansaço, para as gravações não terem de continuar no outro dia.

- Quantas pessoas costumam trabalhar nos seus videoclipes?
Normalmente, é uma equipa de nove pessoas, composta por realizador, assistente, fotógrafo, operador de câmera, que trata do making of, operador de drone, equipa de styling, maquilhadora e cabeleireiro. E, claro, o Bruno [de Carvalho] a dirigir (risos).

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