Internacional

Médico de Maradona investigado pela morte do futebolista argentino

A casa e o consultório de Leopoldo Luque, o médico de Diego Maradona, em Buenos Aires, foram alvo de buscas, no âmbito de uma investigação à morte do antigo futebolista argentino.

com Lusa

Depois das buscas, o médico Leopoldo Luque apresentou-se voluntariamente às autoridades judiciais, esta segunda-feira, dia 30, para explicar as circunstâncias em que ocorreu a morte do ex-futebolista Diego Maradona.

Leopoldo Luque, que esteve acompanhado pelo advogado, deu explicações aos responsáveis do Ministério Público que estão a investigar as circunstâncias da morte de Maradona, ocorrida na quarta-feira passada, depois de a família ter admitido que queria esclarecer que tipo de tratamento o antigo futebolista recebeu, desde a operação à cabeça até ao dia da morte.

Júlio Rivas, o advogado que acompanhou Leopoldo Luque, garantiu que o médico se colocou à disposição das autoridades, depois de, no domingo, se ter defendido de acusações de negligência na morte do 'astro', dizendo que o "amava" e que não tem "nada a esconder".

"Houve uma informação do Ministério Público a garantir que não havia qualquer acusação formal, mas a verdade é que foram feitas buscas à casa e ao consultório de Leopoldo Luque", afirmou o advogado, garantindo que o neurocirurgião "era amigo de Maradona".

"Os que estavam ao lado de Maradona sabem bem o que se passou e qual foi a intervenção de Leopoldo Luque. Operou-o e correu bem", disse o advogado, acrescentando: "Não houve internamento domiciliário, a decisão foi de Maradona, que estava lúcido e podia decidir o que preferia."

O advogado de Maradona, Matias Morla, publicou, entretanto, um tweet, no qual defendeu o médico: "Entendo e compartilho o trabalho da justiça, mas sei que o doutor Luque fez tudo pela saúde de Diego e como cuidou dele e o acompanhou como ele queria. Diego amava-o e, como seu amigo, não o vou deixar só."

Na quinta-feira, Morla pediu uma investigação à morte de Diego Maradona, de 60 anos, por considerar "inexplicável" que, durante 12 horas, Maradona "não tenha tido atenção nem controlo por parte dos profissionais de saúde que dele cuidavam".

No início do mês, El Pibe deu entrada num hospital de Buenos Aires, anémico, desidratado e deprimido, e acabou por ser operado, com sucesso, a um hematoma subdural, que tinha sido detetado durante um exame de rotina.

Desde que recebeu alta do hospital, em 11 de novembro, Maradona esteve a residir na sua vivenda em Tigre, na província de Buenos Aires, onde acabou por morrer, na quarta-feira, dia 25, após sofrer uma paragem cardíaca.

Relacionados

Patrocinados