Sendo o mais recente convidado especial da campanha "Viva! Para lá da depressão", Tiago Castro concedeu uma entrevista à SELFIE, na qual fala sobre a depressão que enfrentou, depois de ter participado, pela primeira vez, na série "Morangos com Açúcar" e durante a época em que residiu em Nova Iorque.
Além disso, o ator abordou como percorreu o caminho da recuperação da depressão. Tiago Castro começou por nos contar que, ao chegar a Portugal - vindo da cidade norte-americana -, procurou imediatamente ajuda. "Voltei para junto dos meus, dos afetos e retomei as consultas de psicoterapia", assinalou.
"Sempre tive consciência e sempre me esforcei e lutei para ter uma saúde mental saudável, além disso, falava de tudo com os meus pais e eles acompanharam todas as minhas fases piores. Por isso, desde os 15 anos que fiz psicoterapia, andei em psicólogos, tomei medicação, na verdade, andei sempre a ser seguido por profissionais de saúde, porque nunca descurei da minha saúde mental", acrescentou.
Entretanto, Tiago Castro conseguiu deixar a medicação: "Consegui, mas fi-lo com ajuda profissional e aconselhamento. Foi muito difícil nos primeiros meses, sentia muitas tonturas, enjoos e até medo, mas fui-me sentindo cada vez mais forte e capaz. Já não tomo qualquer medicação há oito anos."
"A minha família esteve sempre presente, sempre. Foi a minha âncora e esteve sempre consciente do que eu precisava. Depois, quando a Marine [Antunes, mulher de Tiago Castro] surgiu na minha vida, foi a luz ao fundo do túnel - ela lembrou-me de quem eu era antes da doença: um puto feliz", garantiu também.
Apesar desta ajuda externa, Tiago Castro sublinha que é fundamental a vontade própria: "Toda a ajuda foi essencial, mas ninguém poderia fazer o trabalho por mim. Sempre quis muito, lutei, tentei, pedi ajuda, investiguei também o que poderia fazer para melhorar. Só queria melhorar e acho que, no fundo, nunca desisti de mim."
Caso esteja a sofrer de algum problema psicológico, tenha pensamentos autodestrutivos ou sinta necessidade de desabafar, deverá recorrer a um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral, podendo, ainda, contactar uma das seguintes entidades:
- Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159
- SOS Voz Amiga (entre as 16h e as 24h) - 213 544 545
- Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535
- Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 030 707
- SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020