Numa das mais recentes edições do programa "Júlia", Joana Bastos, do grupo Senhoritas, concedeu uma entrevista emotiva, na qual abordou a vida pessoal.
Entre outras confissões, a artista afirmou que foi vítima de uma relação abusiva. "No primeiro meio ano, ele elevava-me a autoestima. Não me deixava sair com ele de qualquer maneira. Gostava que me arranjasse, que me produzisse", começou por recordar.
No entanto, as atitudes violentas começaram a manchar este romance: "Desde partir-me o telemóvel em esplanadas, invadir o meu local de trabalho, apontar-me uma arma no meu local de trabalho… Dar-me murros no peito, partir-me o carro, partir-me o espelho do carro… Depois, deixava-me bilhetes a pedir desculpa."
A artista ainda deixou um apelo: "Fujam desse tipo de relação, porque não nos leva a lado nenhum. Felizmente, estou aqui para contar a história."
"Tinha vergonha e medo. O meu pai ainda era vivo e, apesar de o meu pai não estar a 100% na minha vida, eu sei que ele poderia cometer uma loucura, ele ou qualquer outro elemento da minha família e eu não me sentia bem a arruinar a vida de alguém. Foi só uma pessoa, uma amiga que me conseguiu despertar para fazer a denúncia", recordou ainda, sublinhando que, nessa altura, os alegados abusos acabaram por parar.
Contudo, de acordo com Joana Bastos, o ex-companheiro acabou por recorrer a outra estratégia. "Vais engravidar, vais ter sempre uma ligação comigo", recordou a cantora, citando-o
"Inicialmente, queria ser muito mãe e, lá está, eu estava completamente dentro daquilo, daquela história, mas, depois, foi complicado… porque passei a minha gravidez sozinha. Na minha gravidez, perdi o meu pai e, 15 dias depois, perco a minha avó. E em nenhum desses momentos ele estava presente", acusou Joana Bastos, que assinalou que, entretanto, ainda descobriu que foi traída.
"Aí, ganhei força e disse: 'Não, já tenho alguém para proteger. Não vou permitir que alguém maltrate o que eu tenho aqui.' E foi aí que ganhei força e consegui seguir a minha vida. Não foi fácil", confessou.
Recorde-se que caso tenha sofrido - ou continue a sofrer - de violência doméstica, pode contactar, gratuitamente, o número da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima): 116 006.