Goucha

Ruben Aguiar sobre tempo que passou na prisão: "Chorava todos os dias"

Numa entrevista concedida a Manuel Luís Goucha, Ruben Aguiar falou sobre os dois meses que passou na cadeia.

Ruben Aguiar esteve na prisão dois meses, a cumprir a medida de coação aplicada, antes de ser julgado pela tentativa de homicídio de um homem, em Alcochete.

Agora, a cumprir prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, no Funchal, o cantor concedeu uma entrevista a Manuela Luís Goucha na qual revelou: "Estive cinco dias em solitária. Chorava todos os dias."

Ruben Aguiar esteve detido no Estabelecimento Prisional do Montijo e, depois dos vários dias que passou em solitária, partilhou uma cela com outros sete reclusos e falou sobre como era humilhante estar nu e agachado à frente de outros presos.

Daí que Ruben Aguiar não tenha dúvidas: "Posso considerar que foi o pior ano da minha vida! Foi o perder da minha liberdade."

O cantor explicou, ainda, que foi detido no aeroporto de Lisboa, quando se encontrava a fazer uma escala para o aeroporto do Canadá, onde tinha um espetáculo agendado, devido a algo que acontecera cerca de um mês antes, em abril de 2023.

"Sempre colaborei com a justiça pela verdade da justiça", afiançou Ruben Aguiar, lamentando a campanha de injúrias e mentiras que, entretanto, diz ter surgido nas redes sociais e reafirmando que não tinha intenção de fazer mal ao indivíduo que o acusou. "Nas bombas de Alcochete, fui abordado por uma pessoa extremamente agressiva, que abordou-me pelo simples facto de, aparentemente, eu estar a sair pela entrada", contou o artista, explicando: "Ele vinha na estrada e parou em frente ao meu carro. Na hora em que eu estava a avançar, ele agrediu-me o carro e eu parei. Simplesmente por isso e começou com ameaças a dizer que eu estava em contramão, que eu era isto, que eu era aquilo, que vou levar assim, ameaçou-me até de cabeçada. Eu vi logo que a pessoa não estava bem."

"Eu saí do carro, porque estava a sentir-me ameaçado, ele estava a falar-me ali perto do vidro do carro… Eu saí do carro e questionei o homem se achava bonito o que tinha feito ao carro e ele disse: 'Não estás contente? Ainda levas uma cabeçada'. E eu vi logo que o homem não estava mesmo… psicologicamente, não estava bem e eu disse: 'É pá, não tenho como falar com você. Por favor, deixe-me em paz'", continuou a explicar Ruben Aguiar.

"Ao se aperceber que eu ia arrancar, começa-me a dar murros outra vez, já do lado direito do carro. Eu entrei em pânico e decidi ir embora. Não me apercebi que passei por cima do pé, única e exclusivamente do pé, porque, nas filmagens que se tem, só passo por cima do pé. O homem não esteve um único segundo em perigo de vida, porque, efetivamente, também no vídeo vê-se o homem a tentar se levantar", sublinhou o músico, garantindo que, caso se tivesse apercebido que tinha magoado o homem, "nem saía dali": "Eu não me apercebi que passei por cima do indivíduo pela seguinte razão, ele estava a dar-me abanões e murros no carro. Foi um misto de emoções onde eu entrei em pânico e isto foi sair dali para uma zona de mais conforto, onde eu não fosse agredido. Não tive a noção porque, se eu tivesse a noção, eu próprio tinha parado na hora e tinha chamado os bombeiros e tinha explicado a situação ali e tudo isto era evitado."
 

"Eu quis colaborar com a justiça e contei a verdade dos factos, o que na verdade aconteceu naquele dia, 19 ou 18 de abril. Foi-me decretada a medida mais gravosa", afirmou o cantor, antes de lamentar: "Acho que me roubaram a liberdade, porque, num estado de direito democrático, todos os cidadãos têm direito a benefício da dúvida e eu não tive."

Veja, agora, os vídeos com as declarações de Ruben Aguiar.

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