Semanas depois de ter sido anunciado que tinha sido contratado pela Netflix para a função de produtor criativo, Ricardo Pereira contou que, entre os vários compromissos profissionais que tem atualmente em curso em Portugal e no Brasil, está a gravar uma série da Opto, "Azul", nos Açores.
"Depois vamos à Islândia... É um projeto também muito giro, especial, interessante para o público. Espero que gostem porque está a ser um trabalho muito bonito de ser feito, exigente", partilhou o ator, assumindo que é necessária muita "organização" para conciliar a vida profissional com a pessoal.
"Cada vez mais organização. Necessariamente, tentar fazer as melhores escolhas, tentar equilibrar a vida profissional com a pessoal e quem me conhece sabe que isso é fundamental e de extrema importância, tem que acontecer sempre", garantiu Ricardo Pereira, acrescentando: "Sempre me coloquei num grau de exigência muito grande para comigo. Mais uma língua, espanhol, estou a lidar com ele há nove meses, três vezes por semana. Mais uma ponte aérea… Desafios… Acho que isso também tem muito a ver comigo. Estar sempre a recomeçar, a questionar, a desafiar e a ser desafiado. Este convite da Netflix - que muito me honrou - é, sem dúvida, o reconhecimento de pessoas que já estavam perto no nosso meio e reconheceram que eu poderia encabeçar esta carreira artística em várias outras vertentes. Reconheceram que podia ser desafiado a ir mais além da minha vida de ator. É um grande responsabilidade."
Sobre este desafio, Ricardo Pereira afiançou: "O que posso dizer é que vou trabalhar o máximo, ou mais do máximo, para corresponder às expectativas e trazer os objetivos que também foram traçados para chegar até eles e, quem sabe, superá-los."
Sem dúvidas acerca do talento da nova geração de atores, Ricardo Pereira afirmou: "Não só a nova geração, acho que temos atores tremendos. Posso dizer que hoje temos praticamente de todas as idades, e isso é fantástico. Fico feliz com este espaço que lhes é dado cada vez mais em produções nacionais. Os atores que também têm saído de Portugal e começado a fazer carreiras internacionais. Agora é trazer mais atores, mais técnicos, mais autores, mais realizadores. Quanto mais janelas, mais produções tivermos, mais vamos conseguir melhorar aquilo que fazemos. Vamos dando espaço também para isso, para o crescimento artístico, e é isso que temos que procurar para não parar esta sequência de aparecimento de bons atores, de eles também aparecerem e terem espaço para se experimentarem nas várias disciplinas que é a nossa vida."
Recordando o percurso que teve de percorrer para fazer carreira no Brasil, o produtor criativo da Netflix explicou: "Na minha altura, quando comecei, era uma coisa. Antigamente, quando outros começaram, era outra coisa. Temos de fazer este trabalho. Mesmo o trabalho que fiz também no Brasil e que muitos vieram depois, e outros tinham ido antes. É importante dar continuidade a esse trabalho, fazê-lo bem feito para termos as portas abertas em todo o lado. Isso é fundamental. Tendo compromisso com a profissão, responsabilidade, humildade e paciência para ouvir. É um grande caminho sabermos escutar pessoas que podem fazer a diferença na nossa carreira, são pessoas que têm mais experiência do que nós e podem ensinar muita coisa, mas é preciso ter tempo e paciência para os ouvir. É muito importante a escuta e às vezes nós queremos andar. É bom parar e ouvir."