Entrevistas

De luto, José Condessa assume: "Há momentos mais difíceis do que outros"

José Condessa tem vivido meses delicados, devido à morte daquele que via como grande mentor.

Carlos Avilez morreu no final de novembro do ano passado, a pouco mais de um mês da estreia da peça "A Andorinha", protagonizada por José Condessa e Luísa Cruz, no Teatro Experimental de Cascais [TEC], fundado pelo encenador.

Em conversa com os jornalistas, na gala dos "Prémios Cinco Estrelas", que aconteceu na passada sexta-feira, dia 23, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, o ator falou sobre esta perda irreparável, uma vez que via em Carlos Avilez o grande mentor, e sobre o sucesso da primeira temporada de "A Andorinha".

"Há momentos mais difíceis do que outros. Os dias da estreia e da última apresentação foram especiais, porque se sentiu uma energia coletiva e uma presença, também. Não acreditava que seria de outra forma, por se tratar de uma pessoa tão especial e tão mística. Se haveria alguém que sentiria no teatro, seria ele", começou por dizer o artista.

"Mesmo depois disso, é normal voltar ao TEC, onde temos tantas memórias, tanto trabalho, e sentir, também, nos outros e no olhar das pessoas que ele marcou, essa dor e esse luto. Mas acho que reagimos muito bem. Acho que o importante e o que sempre tivemos em mente, não diria medo, foi o peso da responsabilidade, uma vez que sabíamos que a primeira peça depois de o Carlos ter morrido teria de correr muito bem. E já não me lembrava de um sucesso no TEC assim há muito tempo, e não é por se tratar de uma peça que eu fiz. Provavelmente o 'Hamlet' [N.R.: que também foi protagonizada pelo jovem ator] foi a última que encheu tanto, mas também por ser a peça que era", continuou.

"Agora, uma peça destas na sala de 300 pessoas, com tanta gente a falar publicamente e tão bem, é a melhor coisa que podemos deixar ao Carlos, continuar o projeto e o trabalho que ele fez. Estou muito feliz", rematou José Condessa.

Relacionados

Patrocinados