O que custou mais na caminhada?
O que me custou mais na caminhada foi o vento e o frio. A última caminhada, a zona de Santa Catarina foi penosa, mas tinha que ser... Era o chegar e atingir o objetivo. Mas foi a parte pior, sem dúvida, a Serra de Santa Catarina. É o já o cansaço extremo versus a emoção de querer chegar e superamos as dificuldades, mas é difícil!
Como descreve o momento da chegada a Fátima?
Basicamente só quem faz a peregrinação, quem entra e sente a energia de Fátima percebe o que quero dizer: uma imensa escuridão com a iluminação das velas, o sentir Nossa Senhora a olhar por nó e poder dizer "está feito. Cheguei!". É um sentimento que não se explica, que só quem é católico e tem fé o percebe. O sentimento é, acima de tudo, a nossa auto-realização. E isso é o que conta: quando nós nos sentimos bem e fazemos o bem.
Como vai fazer a recuperação da caminhada?
A minha recuperação é, acima de tudo, mental. Faço questão de chegar a casa, tomar banho, deitar-me, descansar e, no dia a seguir, estar fresco que nem uma alface para aquilo que a vida me proporciona. Não há nenhum momento de ter que ir tratar de pés, nem de massagens, porque, felizmente, não tive nenhuma mazela, apenas só mesmo o cansaço de quem não faz muito exercício físico (risos).
Já pensa na próxima peregrinação?
Eu só faço uma apresentação para agradecer. Espero não me ter assim muita coisa mais para agradecer, porque, senão, torna-se também cansativo (risos). Mas a próxima peregrinação já está definida e vai ser em família, vamos os cinco. Por isso, será mais um retiro espiritual do que uma peregrinação.