Quatro anos após ter estado entre a vida e a morte, Ângelo Rodrigues concedeu um testemunho emotivo ao programa "Alta Definição", no qual recordou como enfrentou a infeção grave numa das pernas.
O ator assinalou que se apercebeu da gravidade do respetivo estado de saúde, quando "acordou do coma" e viu os "semblantes carregados" de quem estava à sua volta. "O processo foi muto violento nas primeiras semanas. Via pelas caras das enfermeiras e dos auxiliares que a coisa era séria", garantiu.
Ângelo Rodrigues confessou que, no processo de recuperação, custava-lhe sentir-se completamente dependente, sem capacidade para fazer a própria higiene pessoal: "Sentia-me como se fosse um verme, era esmagador para mim estar nessa posição. Como assim chegar a esta idade e não ter autonomia nenhuma?", questionou o artista, que, na altura, tinha 31 anos.
No período da hospitalização, Ângelo Rodrigues optou não ter acesso ao telemóvel: assim, evitava ver o que se escrevia sobre este assunto tanto na comunicação social, como nas redes sociais. Quando teve contacto com esses conteúdos, o artista pensou: "Foi como se assistisse ao meu próprio funeral digital."
"Quando uma pessoa falece, muitas pessoas escrevem uma boa experiência que tiveram com essa pessoa. A notícia da minha morte apareceu, eventualmente, no período em que estive internado. Quando saí, pude ver essas mensagens, esses pêsames. Foi como se assistisse ao meu funeral digital e como se ficasse já a saber o que vai acontecer quando, de facto, morrer", afirmou.
Recorde-se que, nesta entrevista, Ângelo Rodrigues falou sobre a cicatriz, resultante do grave problema de saúde por que passou.
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