1. Em matéria de amor, confessa-se um especialista ou um ainda aprendiz?
Sei o mesmo que todos os outros sobre o amor: nada. E é isso que mais nos fascina nele, não é? Quem sabe o que é o amor não sabe nada sobre o amor.
2. Acredita que, atualmente, as relações amorosas são menos românticas?
O que é o romantismo? Não me parece que tenhamos de etiquetar algo tão subjectivo. Amar é estar, é cuidar, é proteger — e é também perceber que cada um encontrará a sua forma de amar. Não vejo menos romantismo. Vejo pessoas que procuram, todos os dias, encontrar o romantismo que mais lhe serve. E isso não tem mal nenhum.
3. Acha que todas as histórias de amor davam um livro?
Todas. No limite todas as histórias são histórias de amor. Tudo o que fazemos é movido a amor: pode ser a uma pessoa, a um ideal, a um sonho, a um objectivo. Tudo o que fazemos é por amor.
4. Afinal, sempre há o segredo para um casamento feliz? Qual é o seu?
O meu é não andar à procura de segredos nenhuns. É fazer tudo o que podemos para que quem está ao nosso lado se sinta amado. Simples, não é? E no entanto tão complexo. Merda.
5. Como começou a sua história de amor com Bárbara?
Começou como todas as outras: num momento era uma estranha e no momento seguinte a pessoa que amaria para sempre.
6. O amor desvanece com o tempo ou aumenta com o passar dos anos?
Quero acreditar que ganha espessura, corpo, densidade a cada dia em conjunto. É pelo menos assim que o sinto.
7. "O amor é a pior coisa do mundo e não há nada melhor", escreveu. Já passou por grandes provações de amor?
Amar é, no limite, uma grande provação: e a melhor das provações. Faz-nos encontrar todos os extremos. Amar é um desporto radical. Por isso, sim: já passei de tudo por amor. E ainda bem.