"Eu é que te trouxe ao mundo" ou "Eu cuidei de ti", são frases que criaram em muitos de nós a cobrança de termos de amar os nossos pais, como se aquilo que foi uma escolha sua, afinal, não passasse de uma obrigação em relação à qual temos uma dívida eterna.
O facto de acreditarem que terem-nos já servia de garantia para deterem o nosso amor fez com que muitos pais não investissem verdadeiramente em cativar-nos, em criar uma ligação profunda.
A relação com os nossos filhos, também, precisa de ser construída. Precisamos de os conquistar, de ganhar a sua confiança, de os tratarmos com respeito e gentileza, de termos medo de perder a conexão, de nos tornarmos merecedores do seu amor. Essa relação precisa de ser avaliada e de serem feitos esforços para ser mantida, como qualquer outra.
O amor dos filhos não é garantido, nem nos pertence, apenas por termos o título de pais.
Estamos juntos 💛.
"O amor dos filhos não nos pertence, nem é garantido": psicóloga Tânia Correia explica porquê!
Não é por os carregarmos, por escolhermos tê-los, que estes nos devem gratidão, sendo forçados a amar-nos sem qualquer investimento da nossa parte.
- 12 mai 2023, 12:37

Tânia Correia
Psicóloga, mestre em Psicoterapia Cognitiva-Comportamental na área da infância e adolescência / OPP: 24317