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Da dança à representação, passando pelos D'ZRT: as revelações de Cifrão

No Dia Mundial da Dança, que se assinala esta sexta-feira, dia 29, a SELFIE esteve à conversa com Cifrão, que nos fez algumas revelações.

Vítor Fonseca, mais conhecido por Cifrão, tornou-se conhecido do grande público quando entrou na segunda temporada de "Morangos com Açúcar", da TVI, em 2004. O carinho dos portugueses foi ainda maior uma vez que fez parte dos "D'ZRT", banda formada na série televisiva, que contava ainda com Angélico Vieira, Edmundo Vieira e Paulo Vintém.

No Dia Mundial da Dança, que se assinala esta sexta-feira, dia 29, o namorado de Noua Wong contou-nos que surpresas tem preparadas para esta data... e fez ainda revelações surpreendentes!

Que importância tem a dança na sua vida?
Extrema importância, dado que a dança é a minha vida [risos]. Quase tudo o que faço, profissionalmente, gira à volta da dança.

Alguma vez pensou chegar onde chegou, graças à dança?
Sempre tive as minhas expetativas muito altas. Não pensei chegar onde quer que seja, sempre pensei em tornar a dança maior do que ela já era quando eu cheguei à dança. Tudo se transformou e tudo me levou até onde estou agora, devido ao facto de lutar muito para que a dança evolua, cresça e tenha mais protagonismo, à vista das pessoas.

É habitual perguntar a cantores, pintores, escritores, onde se inspiram. E o Cifrão, onde se inspira, para as coreografias?
Basicamente, inspiro-me na música. A primeira coisa que faço é escolher a música e a minha inspiração, em termos coreográficos, em termos de movimento, vem sempre a partir da música, 98% das vezes. Pode haver uma ou outra vez em que a inspiração pode surgir a partir de um primeiro movimento e depois, daí, escolho a música e acabo a coreografia. Diferentes músicas levam-nos para diferentes caminhos.

Como lida com a pressão de ter de superar-se, profissionalmente, dia após dia?
Não é pressão, é a minha mentalidade já desde criança. Gosto muito de evoluir, de estudar, de me preocupar com o que vai acontecer a seguir e em como vou lá chegar. Não lhe chamaria pressão, mas sim vontade de trabalhar e de querer evoluir, para ser mais do que aquilo que sou, hoje, no dia de amanhã. Lido tranquilamente.

Como vai ser vivido, por si, o Dia Mundial da Dança?
Vou começar, acompanhado por mais professores, a dar duas aulas de dança, numa escola. Uma masterclass gigante, com uma série de pessoas. Depois, vou fazer uma palestra, numa faculdade, a de Comunicação Social, sobre a dança, onde também irei dar uma aula. Entretanto, estamos a preparar o festival "Junta-te à Dança", em conjunto com a Junta de Freguesia de Benfica, que vai durar três dias e começa, precisamente, a 29, no Palácio Baldaya. É completamente gratuito, convidando, desde já, toda a gente a assistir ao espetáculo.

Que balanço faz, até agora, da "Online Dance Company"?
Foi um projeto muito importante para a comunidade de dança, a meu ver. Mostrou alguns dos melhores bailarinos que o nosso país tem a um público muito mais abrangente. Mostrámos de uma forma diferente, mostrámos com uma câmara, com a qual conseguimos apanhar os momentos mais certos, o agarrar da mão, o olhar, entre outros. Fomos mais intimamente ver o trabalho dos bailarinos, e perceber o trabalho deles, da forma que mais gosto de fazer, que é com a câmara. Foi incrível, ganhámos nove prémios internacionais e três nacionais. Mas há muito mais a fazer!

O que gostava de fazer, em televisão, que ainda não fez? 
Não penso muito nisso. Trabalho muito nos bastidores, acho que já fiz muita coisa. Neste momento, estou envolvido em muitos projetos de televisão. Mas, assim de repente, não há nada que gostasse de fazer que não esteja a fazer. Talvez um programa internacional de dança, lá fora, para perceber como é a dinâmica. Nos Estados Unidos ou no Reino Unido, em Londres, por exemplo.

Gostava, por exemplo, de apresentar um programa?
Não, não é uma coisa que me interesse muito.

Pensa voltar a representar, um dia?
Tenho três grandes paixões: a dança, a música e a representação. É possível, já tive algumas propostas que ainda não quis avançar, acho que também tem que ver com fases da minha vida, e com aquilo que eu estou a querer fazer, no momento. Mas, sim, é uma forte possibilidade.

Os "Morangos com Açúcar" mostraram que, realmente, a música/dança é aquilo que quer fazer para o resto da vida?
Já sabia que queria estar envolvido nessas áreas muito antes dos "Morangos com Açúcar". Tinha estado, antes, uma temporada a estudar em Londres, no Reino Unido. Estive a estudar música, dança e representação muitos anos antes de entrar nos "Morangos". Acho que nove anos antes.

Que recordações guarda desses tempos?
Foi uma das melhores fases da minha vida. Ganhei três irmãos, uma data de amigos. Foi incrível entrar nos "Morangos com Açúcar" e fazer parte dos D'ZRT. Viver tudo aquilo que foi vivido durante aquele tempo, foi uma das melhores fases da minha vida. Recordo com muita alegria, emoção e carinho.

Tem saudades do "Zé Milho" [personagem que interpretou em "Morangos com Açúcar]?
Não tenho saudades e vou explicar o porquê. Muitas vezes, na rua, chamam-me "Zé Milho". Por isso, ele acompanha-me todos os dias [risos]. Acho que foi uma personagem muito marcante, o nome também o é. As pessoas ainda me identificam muito com isso, não dá para ter saudades, porque está todos os dias comigo.

Com quem mantém uma relação de amizade desde essa altura?
Basicamente, com toda a gente. Com o Edmundo Vieira e com o Paulo Vintém, logicamente, continuam a ser meus irmãos e continuamos a estar muito juntos. Mas, de resto, com quase todo o elenco. Pessoal da TVI, da Plural. Fizemos um grande grupo de amigos, nessa fase, que se mantém até hoje.

Voltar a subir a um palco, com os D'ZRT, não faz parte dos vossos planos?
Talvez. Há muitas pessoas que nos pedem para voltar e não posso esconder que tenho saudades de subir a um palco com eles. Mas, para já, não está previsto nada.

Em casa, dançam muito?
Sim [risos]. Dançamos muito, em todo o lado.

Qual é o seu maior sonho?
Continuar a ser feliz e, em termos profissionais, deixar um impacto nas artes performativas, especialmente na dança, que marque as próximas gerações.

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