Foi no passado domingo, dia 24, que faleceu José Neto. De acordo com a agência Lusa, o marionetista, ator e locutor morreu aos 67 anos, vítima de doença prolongada. A notícia foi avançada pela União da Marioneta Portuguesa (Unima).
No Instagram, alguns colegas de José Neto reagiram a esta morte. Foi o caso de Sara Barradas, Paulo Pires e, agora, Marcantonio del Carlo.
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"Conheci mal o José Neto. Partilhei com ele apenas e esporadicamente um plateau de televisão. Mas lembro-me de uma longa conversa em que percebi a respetiva dimensão enquanto artista multifacetado que era. Também me lembro da tristeza por não ter trabalho. 'Sou velho, já só sirvo para pontinhas!'", começou por recordar o ator.
"Já ouvi tantas vezes este raciocínio de outros colegas mais velhos. É uma profissão, ou mesmo um estar na vida, complicada a nossa, o de palhaços, que alegramos a malta num ecrã, num palco ou até mesmo na televisão do café. Parece que hoje em dia as histórias para se contar não podem incluir séniores. Mas a verdade é que os grandes nomes da ficção mundial não são só teenagers com o sixpack do costume, os glúteos apelativos de sempre e o talento de nunca. Veja-se o Jeff Bridges com a série 'Old Man' ou o Kevin Costner com 'Yellostone'. E o que dizer do [António] Fagundes, do Tony Ramos e da Fernanda Montenegro? São eles que no Brasil fazem audiência. Em Itália, o Favito é o grande protagonista. Em Espanha, quem dita cartas na escolha de qualquer protagonista é sempre o Javier Bardem", acrescentou.
"Enfim... a reflexão já vai longa. O que no fundo me apetece dizer é que é tão bom ver atores, como o Júlio César, o Manuel Cavaco, a Márcia Breia, o Carlos Areia, entre tantos outros, cuja idade não impediu de terem sido escolhidos para mostrarem o talento nos projetos em que estão neste momento envolvidos. Voltando ao José Neto, e para terminar, quero apresentar os meus sentidos pêsames à familia. Ficamos todos mais pobres com esta partida", completou Marcantonio del Carlo.
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