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Do doce chamado "montes de bom aspeto" ao presépio em bolo: descubra como é o inacreditável Natal de Susana Pinto!

Susana Pinto, repórter do programa da TVI "Esta Manhã", revela, em entrevista à SELFIE, como é vivido o respetivo Natal. Prepare-se: está recheado de tradições.

Como é o seu Natal?
Gostaria que toda a gente pudesse ter um bocadinho do meu Natal. Nós somos uma família grande, somos 21 pessoas. Temos tradições muito variadas. Normalmente, no primeiro domingo [de dezembro], os genros e as noras oferecem sempre um presunto aos meus pais, que é degustado até ao Natal. Como somos muitos, aquilo vai rapidamente. Na noite de 24, as senhoras têm de ir vestidas a rigor e os homens têm de ir de fato e com uma gravata alusiva ao Natal. Se tiver música, tanto melhor.

É onde?
Em casa dos meus pais, em Oeiras. E o almoço também. Nós estamos os 21. Reunimo-nos todos por volta das 11 e meia [da noite] e as mais novas vão recolher um sapato a cada pessoa da família. Depois, as crianças, que já não são assim tão crianças, saem da sala para os mais velhos poderem chamar o Pai Natal, para, então, ele ir colocar os presentes no núcleo familiar de cada um. Os meus pais são os primeiros a abrir os presentes e só depois é que a restante família pode abrir os seus.

O Natal sempre foi assim?
Sempre foi assim! Na pandemia, teve uma alteração. Parámos um bocadinho. Estivemos, na mesma, sempre juntos, mas foi diferente. Não fizemos lá, fizemos nos Meninos na Linha, que é uma loja que a minha irmã tem e que tem festas para crianças. Os meus pais ficavam no palco e o resto da equipa ficava toda em baixo, para podermos manter algum distanciamento. Mas temos muitas tradições...

Há mais?
Sim! Os meus pais, por exemplo, nunca deram presentes aos 12 netos. Ofereceram sempre roupa. No dia a seguir, tem de ser tirada sempre uma fotografia com os netos e os meus pais. É uma obrigação! Quando eles eram mais pequeninos, havia sempre um que chorava. Agora, a coisa está mais pacífica [risos]. Cada um leva o seu doce de família...

Qual é o seu?
O meu é um bolo de leite condensado.

É a Susana que o faz?
Sou eu que faço. Cada núcleo familiar tem o seu doce. Portanto, nós temos um cerimonial de coisas... Acho que é isto que, às vezes, as pessoas poderiam fazer, mesmo não tendo famílias grandes. A história de fazermos bolachinhas... Porque não?! As minhas filhas e os meus sobrinhos fazem-nas com os avós. Não custa nada e criamos tradições!

Isso é que é o Natal.
Isso é que é o Natal. Aquele tempo que passamos com as pessoas de quem mais gostamos... Nós, os 21, temos a felicidade de vivermos num raio de 900 metros e temos estes momentos com muita frequência. Mas, quem não tem, que crie estas tradições! Não é preciso muito dinheiro. É preciso tempo! E nós temos de perceber que o tempo é o bem mais precioso que temos. Esse é o verdadeiro presente. O presente é o agora e é disso que temos de desfrutar. Eu tenho o privilégio de, até à pandemia, ter jantado todos os domingos com a minha família, com os 21. E isso era um privilégio. Para mim, era Natal todos os domingos. Gostaria que as pessoas também o tivessem, porque eu gosto de ver pessoas felizes. Se nós tivermos pessoas felizes ao nosso lado, teremos um mundo melhor.

Falou do seu bolo de leite condensado. O que há mais na mesa de Natal?
A minha mãe faz um pudim de ovos que eu adoro. A minha irmã Sofia tem um bolo que se chama "montes de bom aspeto", que é maravilhoso! A minha mãe também faz fatias douradas, que são ótimas, e faz sempre bolachas. Ela faz uma árvore de Natal só de bolachas, devidamente ornamentadas, com os netos. Faz um bolo em presépio e nós andamos sempre à guerra para ver quem come o menino Jesus [forte gargalhada].

Esse é mesmo um grande Natal.
É mesmo um grande Natal! A minha mãe faz sempre questão de ter um pinheiro muito bonito, um presépio com musgo natural e com figuras que têm há anos e anos. Antigamente, vestia os netos e fazia um presépio natural. Era muito engraçado! Nós cantamos, nós dançamos... Os miúdos fazem coreografias... Aquilo, de facto, é aquilo que eu acho que é o espírito de Natal. E é uma alegria que é transversal ao ano inteiro. Gostaria mesmo muito que todas as famílias pudessem ter um bocadinho do meu Natal! O Natal que eu vivo é família e gostaria de partilhar este privilégio que tenho com muita gente, mas não consigo levar as pessoas todas para a minha casa. Às vezes, ponho fotografias e faço vídeos [nas redes sociais], não para fazer inveja mas porque acho que, de facto, o Natal deve ser assim. E custa tão pouco...

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