Fátima Lopes: "Habituei os meus filhos a olharem sempre para a etiqueta do preço"

Foi através do blogue Simply Flow que a apresentadora publicou um novo texto sob o mote "Comunicar, a chave da educação".

No mês do regresso às aulas, Fátima Lopes resolveu escrever sobre a forma como gere esta fase, com os filhos.

"Se pudermos, devemos logo integrar os nossos filhos na preparação deste regresso. Antes de mais olhar para os materiais do ano anterior que estão em bom estado e aproveitá-los. Reciclar tudo o que for possível, para combater o desperdício e poupar dinheiro. Depois levá-los connosco para comprarem os materiais escolares, dentro do orçamento que estipulámos. Isto tem a vantagem de poderem escolher as suas coisas e de se habituarem a gerir dinheiro. Mesmo quando são pequenos, vale a pena ir habituando a dizer coisas como 'a mochila tem de ser até valor X' ou 'o estojo não pode passar de Y'. Foi assim que habituei os meus dois filhos a olharem sempre para a etiqueta do preço", começou por explicar.

Segundo a apresentadora, o mais difícil no papel de mãe é "educar": "Estabelecer regras e fronteiras aos nossos filhos, fazê-los perceber porquê, dar afeto, mimo, colo e, acima de tudo, ter tempo para os ouvir. Cada vez mais acho que o maior segredo da educação está no ouvir e ler os nossos filhos. Quando eles sentem que temos verdadeira disponibilidade para eles, que para nós é muito importante ouvi-los e valorizar os seus sentimentos, sejam eles quais forem, e que há sempre tempo para comunicar, estabelecem-se pontes. E estas devem ser criadas desde o nascimento. Assim que começam a falar, mesmo que seja num linguarejar próprio, o que mais querem é que os entendamos. E, isto é válido para o resto da vida. Os nosso filhos querem que os compreendamos, que consigamos pôr legendas naquilo que nem eles percebem."

A comunicação entre mães e filhos é fundamental para Fátima Lopes, que sublinha: "Pode ser feito a sós no quarto, num passeio os dois, num jantar em que estejam totalmente um para o outro. Ainda hoje mantenho esse hábito com a minha filha, que já tem 18 anos. Gostamos de ter as nossas conversas, sozinhas. O meu filho tem 9 anos e desde sempre tenho procurado que ele sinta que não precisa de me procurar quando algo se passa. Sou eu que vou na sua direção porque sinto e até pressinto quando não está bem. Começando as correrias da escola e trabalho, às vezes não é tão fácil manter a nossa antena sintonizada. Criar uma rotina e ter tempo de qualidade em família. Por isso, é bom que criemos, por exemplo, a rotina de fazer da refeição um momento de partilha, de estar efetivo. Aproveitar o tempo a seguir à refeição para fazer qualquer coisa em conjunto. Aos fins de semana, é muito, muito importante ter tempo para fazer actividades em família. Tudo isto une, aproxima, facilita a educação, enriquece os afetos e enche o coração de pais e filhos."

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