As indicações baseiam-se na resolução da infeção, a prevenção da disseminação da doença e a minimização de complicações sérias da doença.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso racional de medicamentos requer que o doente receba o medicamento adequado à sua condição clínica, em doses apropriadas às suas necessidades, durante o intervalo de tempo conveniente e ao menor custo para ele e para a comunidade.
Como tal, os profissionais de saúde devem, em primeiro lugar, prescrever antibióticos apenas nas situações recomendadas, e, nessas ocasiões, explicar ao paciente a necessidade de cumprir escrupulosamente a terapêutica prescrita, nomeadamente quanto à duração. Os antibióticos devem ser sempre prescritos e nunca ser tomados por auto medicação.
Segundo um estudo divulgado na revista científica sobre Medicina The Lancet, uma em cada oito mortes registadas em 2019 está ligada a infeções bacterianas, que foram nesse ano a segunda causa de morte no mundo.
Os antibióticos, em Medicina Dentária, segundo a norma da Direção-Geral da Saúde, estão indicados na terapêutica de infeções odontogénicas agudas, na profilaxia de infeções, como por exemplo no caso da endocardite bacteriana e na profilaxia cirúrgica.
No entanto, é importante estar ciente que o consumo irracional destes medicamentos, que administrados de forma incorreta ou excessiva podem trazer sérios riscos à saúde da população, como intoxicação, resistência bacteriana, alergias e outros. O crescente problema da resistência bacteriana aos antibióticos obriga-nos a ser prudentes na toma frequente dos mesmos.
Uma boa higiene oral e um check-up dentário regular podem contribuir para a prevenção de infeções dentárias, bem como de episódios de urgência, situação que, muitas vezes, conduz à prescrição de antibióticos.
O acompanhamento periódico, pelo médico dentista, deve ser realizado, pelo menos, duas vezes por ano.