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Bruno Nogueira: "Esse medo redobrou-se e voltou a pôr-me no lugar"

Perante o falecimento inesperado de Sara Carreira, Bruno Nogueira recordou um texto que escreveu sobre o "medo".

  • 7 dez 2020, 10:28
Redação

"Há dois anos, pediram-me um texto para a agenda do IPO que tinha como mote 'A primeira vez'. Podia escolher o tema, e escolhi o medo. Falava sobre o facto de ter sentido medo, pela primeira vez, no dia em que fui pai. De tudo, até lá, ter sido um parente pobre do medo, que me estava a tirar as medidas. E, lá pelo meio, dizia isto: 'E o medo (sempre o medo), esse contrapeso do amor, dois passos à frente, a arrastar os pés pesados, de costas voltadas, sem nunca mostrar a cara, só para que eu saiba que ele está lá, uma sombra sem forma, que me finta o passo, que isto de ser feliz é muito bonito, mas eu que não me faça de importante e o esqueça, que, em menos de nada, ele atira o tabuleiro ao ar, apoia-se com os dois punhos na mesa e, curvado de raiva, põe-me pequenino e no lugar'", começou por recordar Bruno Nogueira.

"Hoje, esse medo redobrou-se e voltou a pôr-me no lugar", acrescentou, antes de deixar uma mensagem de apoio à família Carreira: "Um abraço sentido aos familiares da Sara, nesta hora de insuportável dor."

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