"Trocámos mensagens, pela última vez, no sábado", começou por revelar Nilton.
"Há mais de um ano que os médicos disseram ao Magazino que este seria o desfecho para a sua luta, mas em momento algum perdeu a esperança e a força, nem mesmo quando esteve um mês em coma nos seus quatro meses de internamento em Santa Maria, ou quando os médicos lhe faziam as maldades necessárias", frisou o humorista, na legenda de uma imagem, na qual se pode ver DJ Magazino durante uma atuação.
"Recordo o dia em que um amigo comum, que partilhava quarto com ele no IPO (que, também, era um indivíduo brutal que não merecia o mesmo desfecho), me ligou, já bastante tarde, a pedir para falarmos um bocado, porque estavam a fazer um exame tão complicado ao Magazino que ele só gritava e o meu amigo queria distrair-se com alguém. Daí a meia hora já estávamos os três a dizer piadas, a recordar os nossos tempos na Praia da Rocha, onde o conheci, há mais de 20 anos, e ninguém diria que o Magazino tinha acabado de passar por aquilo uns minutos antes, porque em nenhum momento perdeu a alegria ou deixou de acreditar", continuou o humorista.
"Parece uma frase feita dizer que as boas pessoas não deveriam deixar este mundo, e não deixam se pegarmos nos seus exemplos como legado, porque mais do que um exemplo de força, o Luís é um exemplo de como estar na vida, de empatia, de como ser uma boa pessoa ao colocar sempre a sua amabilidade à frente da sua dor.
A doença pode tê-lo levado, mas nunca o vergou", rematou Nilton.