A SELFIE conversou com a jornalista da TVI acerca desta nomeação para o R. Murrow Program For Journalists - Research and Investigation e Conceição Queiroz não podia estar mais feliz.
"Acima de tudo, é o reconhecimento da minha história de amor com o jornalismo. São 26 anos de entrega total e um grande investimento na profissão", afirmou a jornalista, que aguarda, agora, o início do programa: "Estava agendado para outubro, mas foi adiado por causa da pandemia."
Licenciada em Sociologia e em Política Social, Conceição Queiroz é mestre em História Moderna e Contemporânea, e está, atualmente, a tirar o doutoramento em Estudos Portugueses, com especialização em Literatura, na Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Posteriormente, a jornalista tem planos para fazer um pós-doutoramento: "Creio que, aí, será, finalmente, em Jornalismo!"
Com esta participação no programa internacional, Conceição Queiroz pretende "aprender sempre mais". "Agrada-me o facto de conhecer e ver de perto outras formas de fazer jornalismo. Inspiro-me nos melhores", sublinhou a jornalista, que lamenta que, em Portugal, já não se invista tanto em Jornalismo de Investigação, tema desta edição do Edward R. Murrow Program For Journalists - Research and Investigation.
"Em Portugal, já se fez jornalismo de investigação a sério. Falamos de algo que tem várias implicações, mas acredito que, um dia, haverá condições para se voltar a esse registo e de forma regular, uma vez que estamos a falar do ex-líbris em qualquer televisão, em qualquer parte do mundo", considerou a jornalista da TVI.
Em 26 anos de carreira, são várias as reportagens que marcaram Conceição Queiroz, que destacou aquela, na qual mostrou a realidade sobre a mutilação genital feminina e, "também, as conversas com as vítimas do genocídio do Ruanda".
Questionada sobre a marca que gostaria de deixar no jornalismo, em Portugal, Conceição Queiroz não teve dúvidas: "Que o único compromisso nesta área apaixonante tem de ser com a verdade."