Io Apolloni: "Os homens não sabem transformar a paixão em amor"

Io Apolloni, de 72 anos, esteve no programa "A Tarde É Sua" e, em conversa com Fátima Lopes, partilhou a sua visão dos homens e falou, ainda, dos relacionamentos que teve.

A atriz foi convidada a estar presente no programa da TVI para uma conversa franca sobre o último livro que escreveu e que se intitula Io Apolloni: Uma Vida Agridoce. Nascida na província de Perungia, em Itália, Io Apolloni partilhou algumas das melhores histórias.

Io Apolloni: Uma Vida Agridoce é um livro de "partilhas corajosas", como referiu Fátima Lopes. O livro autobiográfico aborda vários aspetos da vida da atriz, nomeadamente os quatros casamentos que teve.

"Tens que dar graças aos céus por amar, porque amar é a coisa mais maravilhosa da vida. Não estão [no livro] o nome dos meus homens por respeito, porque eu amei-os muito", começou por dizer.

"Os homens não sabem transformar a paixão em amor [...] Enquanto tiverem tesão por ti, tudo muito bem. Só que nós, mulheres, conseguimos mudar a paixão para o amor. Queremos construir um projeto de vida em comum e os homens não conseguem. Têm um lado animal que não conseguem controlar. E isto não é um homem qualquer, é o homem mais culto desta vida, é o homem mais académico, que saiba tudo e mais alguma coisa", acrescentou.

Io Apolloni revelou ainda que, mesmo antes de querer subir aos palcos, pensou em ser freira e falou, também, da interrupção de gravidez.

"Aos 11 anos, quis ser freira, porque a minha mãe - que foi uma grande mãe - fez questão que fosse educada em escolas de freiras e teve que pedir dinheiro emprestado para me inscrever na escola de freiras. Ela queria, para mim, uma educação correta, como deve ser, e desejava que eu fosse casada, modista, mãe de família [...]. Só que eu, aos 13 anos, o meu mundo era outro [...] O meu lado artístico estava lá", confessou, com a voz embargada por recordar a mãe.

"Fui a primeira mulher, em 1978, a dizer que tinha praticado o aborto [...] A partir daí, fui chamada à Judiciária. Tive uma grande onda de solidariedade e acabou por se apresentar a primeira lei na Assembleia da República", referiu.

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