Sónia Brazão: "Estive numa cama de hospital, onde não valia a pena ter nada"

Foi durante o programa "Você Na TV" que Cristina Ferreira voltou a recordar a entrevista a Sónia Brazão, mostrando mais um excerto da conversa.

A atriz protagoniza a última edição da revista Cristina, já disponível nas bancas, na qual fala sobre o período dramático que viveu, após a explosão que sucedeu em sua casa.

No mais recente excerto da conversa que "mais atormentou" Cristina Ferreira, Sónia recordou os momentos difíceis que viveu na Unidade de Queimados e a importância do apoio daqueles que lhe são mais próximos.

"Precisei de silêncio. [Precisei] de ouvir, novamente, o silêncio. De não ouvir o meu nome e de me ouvir a mim. Não à Sónia Brazão, mas à Sónia Margarida. [...] [O silêncio] foi feito com amor, com os meus, aqueles que sei que são meus. Com a minha mãe, com o meu irmão, com as minhas sobrinhas, com os meus verdadeiros amigos. Fui buscar esse tempo para voltar a estar com as minhas raízes, com o meu chão, para que a Sónia Margarida voltasse a cantar, a sonhar..."

Quando questionada sobre o facto de ter voltado para a casa da mãe, a atriz explicou: "Hoje, acho que sou eu que não consigo sair, porque acho que ela me completa e eu completo-a. Neste momento, a partir daqui, tenho que ser a tomar um bocadinho conta dela. Ela tomou tão bem conta de mim que, por mais que tome conta dela, nunca vou conseguir retribuir aquilo que ela fez por mim".

"Houve uma altura em que pensei 'o que é que se passou que não vale a pena ter nada?' No fundo, estive numa cama de hospital, onde não valia a pena ter nada, nem vestidos, nem roupa, nem sapatos. Só queria que a minha pele voltasse a crescer, para poder sair. Isto era a minha luta diária e a luta de médicos fabulosos que estavam comigo. Isso era o que me interessava", recordou.

A "dúvida" foi o mais difícil para Sónia Brazão, ao longo da dura recuperação: "A dúvida foi difícil a um certo ponto, porque - quando uma coisa é dita tantas vezes - cheguei a duvidar de mim."

Relacionados